Há 30 anos, o Brasil chorava a morte de Ayrton Senna

Edu Garcia/AE
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No feriado do dia 1º de maio completa 30 anos da morte de Ayrton Senna. Nascido em 21 de março de 1960, em São Paulo, Senna foi um piloto de Fórmula 1 considerado o maior ídolo nacional do automobilismo. Ele faleceu no dia 1º de maio de 1994, após colidir com uma mureta de proteção durante uma corrida, em Ímola, na Itália. 

Trazido para o Aeroporto de Guarulhos, seu corpo foi recebido por diversos fãs. A movimentação foi tanta que afetaram as vias de acesso do aeroporto. O corpo desembarcou em solo brasileiro pela manhã e foi enterrado no dia 5 de maio, no Morumbi. Seu velório foi um dos mais marcantes do país, durando aproximadamente 22 horas e reunindo 240 mil de pessoas. 

Apesar da sua história ter acabado de uma maneira trágica, Senna teve uma carreira brilhante, que é lembrada até hoje. Aos quatro anos de idade, ganhou o seu primeiro kart, construído pelo seu pai. Porém, foi com 13 anos que Senna participou de sua primeira corrida e não demorou muito para que conquistasse as suas primeiras premiações. 

Com o sucesso nesse ramo, aos 21 anos o piloto migrou para a Europa, onde conquistou em 1981 o campeonato da Fórmula Ford 1600 no Reino Unido ao vencer 12 das 20 corridas. Dois anos depois, ele ganhou o título da Fórmula 3 britânica, na época o último degrau antes da Fórmula 1.

A sua estreia na elite do automobilismo europeu foi em 1984, pela Toleman. Porém, em um ano desafiador, Senna só conquistou sua primeira vitória em 1985, no GP de Portugal, quando saiu da Toleman e foi para a Lotus. A segunda vitória veio no mesmo ano, no GP da Bélgica. Na temporada seguinte, levou os GPs da Espanha e Estados Unidos e, em 1987, sua última passagem pela Lotus, conseguiu duas vitórias consecutivas em Mônaco e nos Estados Unidos.

A história marcante de Senna com a McLaren começou apenas em 1988, fechando o ano com 13 poles, 11 pódios e oito vitórias. Apesar das grandes conquistas que o piloto conseguiu durante seu contrato com a McLaren, foi nessa época também que ele passou por um período difícil no automobilismo. Com falhas no motor, batida, campeonatos que ele considerou manipulados e abandonos de corrida, Senna contornou toda a situação com êxito. 

Apesar disso, o ex-piloto saiu da McLaren e assinou com a Williams e estreou com a nova equipe em 1994. Os carros da Williams tinham uma tecnologia diferente, o que acabou atraindo o brasileiro. Porém, o projeto tinha problemas graves e, apesar de três poles no início da temporada, Senna não pontuou nenhuma vez.

Sua última corrida foi o GP de San Marino, em Ímola. O fim de semana do GP começou com um grave acidente do brasileiro Rubens Barrichello. No sábado, um dia antes da morte de Senna, também houve a morte do piloto austríaco Roland Ratzenberger, mas a F1 optou por seguir com a etapa. A corrida do dia 1º de maio começou com um acidente entre dois pilotos, mas foi na sétima volta que Ayrton Senna bateu no muro da curva Tamburello.

O impacto da batida foi tão forte que rompeu a barra de suspensão de seu carro e a peça o atingiu na testa, atravessando o capacete. A disputa foi interrompida e o brasileiro foi encaminhado ao hospital de helicóptero. Foi apenas durante a tarde do mesmo dia que a morte de Senna foi confirmada, aos 34 anos. 

A tragédia comoveu os brasileiros e foi declarado luto oficial por três dias e as repartições públicas na capital paulista tiveram ponto facultativo decretado durante seu velório, que aconteceu nos dias 4 e 5 de maio. Apesar de ter passado 30 anos, Ayrton Senna ainda é lembrado com carinho e emoção por brasileiros que vibravam com as suas vitórias.

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