Parceiro de Lucas Sanches tem prisão decretada por tentativa de homicídio

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O consultor Anderson Araújo, parceiro de Lucas Sanches, vereador e candidato a prefeito de Guarulhos pelo PL, teve a prisão provisória decretada pela Justiça após ser acusado de ter participado diretamente da tentativa de homicídio contra Caíque Marcatt, ex-chefe de Gabinete do parlamentar, e do jornalista Valdir Pimenta Junior, no dia 5 de agosto, em frente à padaria São Bento, na avenida Guarulhos. Ele foi acusado por Matheus Henrique Barbeiro Garreti Marinho, preso dias depois com um dos carros usados na ação.

A decretação da prisão de Anderson coloca por terra a alegação de Sanches, que vinha insistindo que Matheus tinha assumido o crime, citando que atacou Marcatt após uma briga de trânsito. Câmeras de segurança já mostravam que o ex-chefe de Gabinete de Lucas e Pimenta vinham sendo perseguido por dois carros: o Kwid branco usado por Matheus e um T-Cross preto.

Três horas antes da tentativa de homicídio, Anderson Araújo, um entusiasta e parceiro de Lucas Sanches, ameaçou Caíque Marcatt dentro da Câmara Municipal, prometendo que iria acertar as contas com o ex-chefe de Gabinete do vereador. A gravidade da ameaça levou Marcatt e Pimenta, no mesmo dia, ao 5º Distrito Policial, onde registrou denúncia por ameaça.

Ao saírem do DP e se dirigirem à padaria, já por volta das 18h, a dupla foi covardemente agredida por três homens, entre eles Matheus, com pedaços de paus e chutes. Imediatamente, Marcatt e Pimenta, em vídeos que postaram nas redes sociais, acusaram Lucas Sanches de envolvimento com o crime.

Polícia apreende quatro aparelhos celulares de Anderson Araújo

Nesta segunda-feira (9), a Justiça decretou a prisão preventiva de Anderson a partir de delação feita por Matheus na prisão, que o responsabilizou pelo ataque aos desafetos de Lucas Sanches.

Policiais do 5º Distrito Policial de Guarulhos, chefiados pelo delegado Fúlvio Mecca, realizaram várias diligências em locais frequentados por Anderson, inclusive na Câmara Municipal e em comitês de campanha do PL, não o localizando.

Na tarde dessa terça-feira, cumprindo o mandado, os policiais foram a um endereço na Vila Barros, que Anderson apresentou como sendo de sua residência, no BO que registrou junto com Lucas Sanches.

No local, funciona a sede do Sindicato da Lotação, onde havia apenas um funcionário. Com os mandados de busca, apreensão e prisão preventiva, os policiais vasculharam o imóvel e encontraram um quarto usado por Anderson, onde encontraram quatro aparelhos de celular, que estão sendo encaminhados para a perícia para a extração de dados, um caderno com muitas anotações, uma maquininha de cartão, além de panfletos da campanha de Lucas e até uma placa de livre acesso ao Poder Legislativo.

Como Anderson não foi encontrado em seu endereço, ele já é considerado um foragido. Várias diligências estão sendo realizadas, inclusive em outras cidades do litoral e interior de São Paulo para localiza-lo.

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Preso em Arujá denunciou parceiro do candidato a prefeito pelo PL

Quatro dias depois, Matheus foi preso em Arujá com o Kwid branco, utilizado no ataque. Às autoridades policiais, assumiu participação no crime. Mas alegou em depoimento que atacou Marcatt após uma briga de trânsito, tese utilizada por Lucas Sanches para fugir das acusações. No entanto, as investigações mostraram que se tratava de mais uma mentira do grupo, já que tanto o Kwid de Matheus como um T-Cross preto, acompanhavam o carro de Marcatt desde a Câmara Municipal.

Na cadeia, acabou por delatar Anderson, informando que foi contratado por ele para atacar os desafetos de Lucas Sanches naquele dia. Com o decreto da prisão de Anderson, o elo em torno de Lucas Sanches se fecha.

Após desaparecer durante alguns dias após o crime, o amigo e pessoa bastante próxima do núcleo duro da campanha a prefeito do PL voltou a grupos de WhatsApp e redes sociais, sempre em defesa de Lucas Sanches, sempre desdenhando de seus adversários, contra quem disparou inclusive fake news, produzida pelo “gabinete do ódio”, um grupo encabeçado pelo candidato a prefeito do PL, encarregado de espalhar notícias falsas.

Foragido registrou BO contra Caíque junto com o vereador Lucas Sanches

Anderson Araújo é tão próximo de Lucas Sanches e do vereador Carlos Santiago, também acusado pelo ex-chefe de Gabinete, que no mesmo dia da tentativa de assassinato compareceu ao 4º DP da cidade para registrar um Boletim de Ocorrência contra a vítima.

Eles foram juntos à delegacia para acusar Marcatt e Pimenta de mentirem ao acusarem Lucas Sanches, Anderson Araújo e Carlos Santiago de serem os mandantes do crime, conforme disseram em vídeos divulgados em várias redes sociais.

A ligação de Anderson e Lucas vai além. Apesar do candidato a prefeito chegar a falar que não tinha qualquer relação com o hoje foragido, o nome de Anderson é citado por Carlos Santiago numa conversa de WhatsApp no grupo “Carne Crua”, em que Lucas e outros assessores combinam o disparo de notícias falsas contra adversários. Em determinado momento da conversa, Santiago informa o grupo que o “Anderson já divulgou” o conteúdo solto por eles de forma clandestina, através de chip dispensado e fora da cidade.

Na página do Facebook de Anderson, dezenas de postagens são de apoio ao parceiro Lucas Sanches desde antes do período eleitoral até poucos dias atrás. Em grupos de WhatsApp, o foragido acusado por participar da tentativa de assassinato de Caíque Marcatt passa várias horas do dia debatendo com adversários e postando informações de seu amigo Lucas e contra os adversários.

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