O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e o programa Farmácia Popular devem ficar sem verba federal a partir de agosto. No total os dois serviços em Guarulhos têm um custo anual de quase R$ 20 milhões, dos quais R$ 6,6 milhões são oriundos do Ministério da Saúde. A queda se deve a uma redução na previsão do orçamento da pasta para este ano, em torno de R$ 5,5 bilhões, que impactará na prestação dos serviços em todo o país.
Segundo a Secretaria Municipal de Saúde somente o Samu recebeu em todo o ano passado R$ 6,5 milhões do governo federal, sendo R$ 3,6 milhões da Rede de Urgências e R$ 2,6 milhões da Rede de Alta e Média Complexidade. Em 2016 já foram lançados pouco mais de R$ 2 milhões. Esses valores repassados pelo Ministério da Saúde cobrem um terço das despesas de todo o serviço, sendo que o restante, cerca de R$ 13 milhões, é investimento próprio da prefeitura. Atualmente o Samu tem uma média de 4.300 solicitações por mês.
Já quanto ao programa Farmácia Popular a previsão é que a queda no repasse do Ministério da Saúde seja de pelo menos R$ 100 mil a menos. A expectativa é que sejam encaminhados à cidade R$ 62,5 mil até o final do ano contra os R$ 162 mil depositados em 2015. No Brasil, a estimativa é que o Farmácia Popular perca R$ 315 milhões dos R$ 2,7 bilhões previstos para este ano.
Os custos do município com o programa são com o quadro de recursos humanos, uma vez que o abastecimento de medicamentos é feito pela Fiocruz e Guarulhos recebe recursos do Ministério da Saúde para custear as despesas de aluguel, água, luz, telefone, material de escritório, uniforme para funcionários, segurança e manutenção predial. Segundo a pasta, a prefeitura já mantém um programa de dispensação de medicamentos em suas unidades de saúde.
No ano passado o programa dispensou 133.683 medicamentos gratuitos (para diabetes, hipertensão e asma) e comercializou 107.451 remédios como antibióticos, de uso controlado e outros, o que dá um total de 241.134 itens.
Reportagem: Rosana Ibanez
Foto: Ivanildo Porto