Uma das primeiras e mais recebidas denúncias do WhatsApp do Hoje, a falta de iluminação pública nas ruas, vem prejudicando moradores de diversos bairros da região, deixando as pessoas com medo, e subindo o número de roubo nas regiões.
As denúncias vieram da rua Camila Campos, rua Quimera, Pendolar, Jardim Cidade Tupinambá, ambos no bairro dos Pimentas, além do Jardim Camargo, próximo ao centro, onde moradores alegam que desde novembro de 2015, a rua sem saída de apenas dois postes, encontra-se sem energia.
Outro relato de falta de iluminação vem da rua Maria dos Anjos Agostinho, no bairro Granja Eliana, onde segundo moradores, faz um ano que a situação está assim, e mesmo com o aviso a prefeitura, são cinco postes sem luz, além do lugar possuir várias empresas, estão sendo registrados roubos de carros na região.
Em um levantamento feito em agosto de 2015 pelo Hoje, foi constatado que taxa de iluminação pública de Guarulhos era a segunda mais cara da região do alto Tietê, com o valor cobrado entre comércios variando de R$ 3,74 e R$ 27,43, e nas indústrias entre R$ 22,48 e 44,92, com o levantamento publicado também no site da Abrasi (Associação brasileira de empresas de serviços de iluminação urbana).
O contrato anterior que a prefeitura de Guarulhos possuía na questão de iluminação era com a empresa EDP Bandeirante, que realizava a adequação na rede elétrica da cidade, e junto com isso o prefeito Sebastião Almeida tem o projeto da Cosip(Contribuição da Iluminação Pública), cujo o valor vem embutido na conta de energia.
A Remo possui licitação de iluminação em outras duas cidades, Mairinque, no interior de São Paulo, e Uberaba, em Minas Gerais, mas a empresa ainda não pode assinar contrato com a prefeitura, já que segundo a apuração do inicio de junho do Hoje, uma advogada do Paraná ingressou com uma ação civil pública, com o objetivo de obrigar a prefeitura de Guarulhos a ser responsável pela manutenção de iluminação pública, já que na ação ela alega que é mais caro a prefeitura licitar o serviço do que ela próprio realizar.
Enquanto o contrato não é assinado devido à questão judicial, o prefeito Sebastião Almeida, falou durante o Fórum de Mobilidade Urbana sobre como fica à situação enquanto a parte judicial não se resolve. “Estamos avançando e equipando o nosso departamento de iluminação e manutenção, com recurso próprio, trabalhadores da própria prefeitura, com alocação de caminhões, e vamos avançar a manutenção. O dia que resolver o problema do impasse da contratação da empresa, a gente contrata”, disse o prefeito Almeida.
A reportagem do Hoje apurou durante o inicio de junho, a informação de que com o contrato encerrado com EDP Bandeirante, 12 mil das 57 mil lâmpadas da cidade ficaram apagadas, além de 1600 lâmpadas apagarem por mês na cidade, e para 2017, a previsão para o custeio de iluminação pública, o Cosip, é arrecadar 36 milhões.
Reportagem: Ulisses Carvalho