Em vez de remédio de asma para seu neto, uma mulher encontrou um carimbo dentro da embalagem. A aposentada Maria Lúcia da Silva, de 49 anos, foi nesta segunda-feira (11) ao Ambulatório da Criança, no Centro, para retirar o medicamento Flixotide. “Cheguei à farmácia do ambulatório e enquanto as funcionárias brincavam dizendo que não faziam nada, dei a receita para elas e retirei o remédio”, comentou Maria.
Porém, quando foi abrir à medicação em sua residência no Jardim Marilena a vó se deparou com o carimbo em vez do nebulímetro (bombinha de ar). “Na hora achei que fosse pegadinha ou algo assim, não acreditei no que eu vi”, relatou. A aposentada ainda contou que a embalagem não estava lacrada.
A mãe da criança, Alice Caroline da Silva, 19, contou que, devido ao fato, teve que comprar o medicamento por conta própria. “Sem, ele não pode ficar, então tive que correr para a farmácia”, contou. Leandro Ferreira Nascimento, um ano, sofre de problemas respiratórios desde o nascimento e precisa de duas doses do remédio por dia. O Flixotide foi encontrado nas farmácias particulares pelo valor de R$ 143
O carimbo encontrado tem a inscrição “uso contínuo”, que é comumente usado por médicos. Porém a Secretaria de Saúde diz que esse material não é usado no Ambulatório da Criança. “Os médicos escrevem a mão quando precisa informar o uso contínuo, logo o objeto não pertence a nós”, declarou. A pasta ressaltou que todo medicamento é entregue em caixas lacradas pelo fornecedor à Prefeitura. Por fim, a prefeitura prometeu requerer a caixa do remédio junto à paciente, para que possa remeter ao fabricante para a apuração dos fatos.
Segundo o Sistema Único de Saúde, são realizadas quase 1.800 internações por dia no país neste ano. Já Organização Mundial de Saúde, diz que mais de 235 milhões de pessoas sofrem de asma no mundo.
Reportagem: Gustavo Druzian
Foto: Ivanildo Porto