Por falta de funcionários, UPAs Cumbica e Paulista não deverão ser entregues

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Mesmo com as obras concluídas as Unidades de Pronto Atendimento (UPA) Cumbica e Paulista não devem ser entregues neste ano pela prefeitura. O motivo é o percentual gasto pelo Executivo com a folha de pagamento dos funcionários que impede que novas contratações sejam feitas. Assim, não há possibilidade atualmente de que médicos, enfermeiros e novos profissionais sejam incorporados ao quadro da Saúde para atendimentos nessas unidades.

A explicação foi dada pelo secretário da Saúde e vice-prefeito, Carlos Derman, nesta sexta-feira (30) durante apresentação do balanço das ações da pasta referente ao segundo quadrimestre deste ano. “Vamos terminar o ano gastando entre 52% e 53% com RH. A Lei de Responsabilidade Fiscal estabelece limite de 54%. Conseguimos terminar as duas UPAs, mas não tivemos condições de contratar pessoal para colocá-las em funcionamento”, explicou Derman durante explanação realizada na Câmara Municipal.

Segundo ele, esse problema não é enfrentado apenas por Guarulhos, mas em todo o país cerca de 200 unidades de saúde estão com obras concluídas, porém sem estar em funcionamento pelo mesmo motivo. “Temos que fazer um amplo movimento nacional para que sejam garantidos os recursos necessários para o SUS”, destacou.
As obras de ambas as unidades ficaram paradas por mais de dois anos devido a problemas com as empresas licitadas. A construção da UPA Paulista foi paralisada devido à falência da empresa. Já a empreiteira responsável pela unidade em Cumbica abandonou a construção. Assim, a Proguaru assumiu as duas obras.

As intervenções da UPA Paulista foram iniciadas em janeiro de 2011, com previsão de entrega para outubro do mesmo ano. Já a UPA Cumbica, iniciada em junho de 2011, deveria ter sido entregue em março de 2012. Cada unidade terá a capacidade de atendimento de, aproximadamente, 300 pessoas por dia.
A única UPA entregue e em funcionamento na cidade é a localizada no São João. Outras duas unidades foram contempladas pelo Governo Federal, no Pimentas e no Cocaia, porém, segundo Derman, nem os projetos tiveram início.

Reportagem: Rosana Ibanez
Foto: Ivanildo Porto

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