Uber tem terceiro motorista morto em menos de um mês

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A polícia investiga as circunstâncias do crime, mas, de acordo com as primeiras testemunhas ouvidas, houve uma tentativa de assalto, e os motociclistas balearam o motorista após ele reagir.
Uma mulher e uma criança estavam no carro da vítima, um Nissan Tiida, no momento do ataque, mas elas não ficaram feridas.
Os criminosos não tinham sido localizados até a tarde deste domingo (16).

São Paulo
As outras duas mortes de condutores do Uber ao longo do último mês foram registradas em São Paulo.
A mais recente ocorreu no dia 9, um domingo, quando o motorista Orlando da Costa Brito, 60, foi baleado e morreu na avenida Interlagos, na zona sul da cidade, também em uma suposta tentativa de assalto.
Testemunhas disseram à polícia que ele levava um passageiro e, quando parou o veículo no semáforo de um cruzamento da avenida, foi abordado por dois homens que estavam a pé.
Ainda segundo os relatos, Brito foi baleado ao sair com o carro para tentar fugir dos criminosos. Chegou a ser socorrido, mas não resistiu aos ferimentos e morreu.

A polícia informou que o crime está em investigação e que ninguém foi preso.
Três semanas antes desse caso, em 22 de setembro, o motorista do Uber Osvaldo Luís Modolo Filho, 51, foi morto com tiros e facadas, segundo a polícia, por um casal que se passou por cliente.
Dois jovens, de 18 e 19 anos de idade, foram presos. A polícia diz que ambos confessaram o crime e afirmaram que queriam roubar o veículo para depois vendê-lo a um desmanche.

O assassinato de Osvaldo motivou uma manifestação de cerca de 350 motoristas do Uber. Eles percorreram ruas a partir da zona oeste até chegar ao velório do colega, na Vila Mariana, na zona sul.
Procurado neste domingo (16), o Uber informou que não iria se manifestar.
Alegando sigilo comercial, a empresa não informa quantos carros tem em circulação.
De acordo com mapeamento realizado pela prefeitura de São Paulo, a frota de veículos prestando serviços a aplicativos do gênero já superou o limite de 5.000 fixado como meta para evitar a desorganização da atividade na capital paulista.
Estima-se que 9 entre 10 viagens dos aplicativos na cidade sejam feitas pelo Uber.

MEDO
O pagamento pelo Uber pode ser feito em cartão de crédito ou em dinheiro.
Esta última forma de pagamento, aprovada em julho, tem sido alvo de queixas dos motoristas por aumentar as chances de roubo. O pagamento apenas por cartão, afirmam , é mais seguro porque facilita a identificação e o eventual rastreamento dos passageiros.

Quando Modolo Filho foi morto, uma das primeiras suspeitas de colegas era uma possível represália de pessoas insatisfeitas com o sistema de transporte autorizado pela prefeitura.
Isso porque, desde ano passado -após popularização do aplicativo- os motorista de táxi fizeram violentos protestos contra o serviço e chegaram a agredir pessoas e destruir carros que acreditavam ser da Uber.
Como no início do serviço a maioria dos veículos do aplicativo era preta, carros dessa cor eram os alvos preferenciais de taxistas.

RIO DE JANEIRO, RJ, E SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS)

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