É o 17º mês de queda consecutiva nessa base de comparação. Os dados constam da PMC (Pesquisa Mensal do Comércio). A queda veio levemente maior que o centro de expectativas de economistas ouvidos pela agência Bloomberg, que indicava recuo de 0,5% na comparação mensal e de 5% frente ao mesmo mês de 2015.
No acumulado do ano, a queda nas receitas do setor estava em 6,6%. Nos 12 meses encerrados em agosto, a queda acumulada é de 6,7%.
ATIVIDADES
Seis dos oito ramos de atividade pesquisados pelo IBGE tiveram queda nas vendas na passagem de julho para agosto.
As maiores quedas na comparação mensal ficaram com equipamentos e material de escritório (-5%), artigos farmacêuticos, ortopédicos e cosméticos (-2,8%), móveis e eletrodomésticos (-2,1%), livros, jornais e revistas (-2,1%), combustíveis e lubrificantes (-2%) e outros artigos de uso pessoal e doméstico (-1,2%).
Na ponta oposta, as vendas de supermercados avançaram 0,8% e de tecidos e vestuário ficaram estáveis.
VAREJO AMPLIADO
A queda do chamado varejo ampliado, que inclui ainda veículos e materiais de construção, foi ainda maior, de 2%. O resultado negativo foi puxado pela venda de carros, motos e peças, que recuaram 4,8% em agosto.
Como são produtos de alto valor agregado, demandam crédito para serem adquiridos.
Suas vendas sentem impacto do desemprego e dos juros altos no país. As vendas de veículos vão mal desde o ano passado, com a piora do cenário econômico.
Em contrapartida, material de construção foi bem em agosto, tendo registrado alta de 1,8% nas vendas.
LUCAS VETTORAZZO
RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS)