No período, foram transportados sete milhões de passageiros. No acumulado do ano, 65,4 milhões de passageiros voaram de janeiro a setembro, queda de 6,07%, em relação ao mesmo período de 2015. As informações são da Agência Brasil.
Nos voos internacionais, a queda em setembro foi de 4,27%, com 619 mil passageiros transportados no mês. No acumulado do ano, houve retração de 2,78%, com o transporte de 5,5 milhões de passageiros de janeiro a setembro deste ano. Em relação ao transporte de cargas, houve retração de 5,31% no total transportado nos mercados interno e externo nos primeiros três trimestres de 2016 em comparação com o mesmo período do ano anterior.
Apesar da retração, o resultado de setembro indica uma desaceleração nos níveis de queda que o setor vinha registrando, segundo assessor técnico da Abear, Maurício Emboaba. “Isso reflete mais ou menos o que a gente começa a ver na economia. Parece que estamos parando de ir para baixo”, ressaltou durante a apresentação dos dados.
“Todo os números nos levam a apontar o seguinte: se a velocidade de queda está diminuindo, é sinal de que estamos chegando em pouso suave”, acrescentou o presidente da Abear, Eduardo Sanovicz. Segundo o executivo, o setor pode ter um desempenho menos desfavorável do que o previsto para este ano. “Estou começando a olhar para 8% e não mais 10% de queda. Porque eu tinha uma série de indícios de que a gente ainda poderia ver novos movimentos de redução, o que eu não estou mais vendo”, calculou.
Apesar do cenário desfavorável, Emboaba acredita que as empresas de aviação têm conseguido se adaptar às adversidades, ajustando a oferta de assentos. “A indústria tem dado respostas adequadas. A taxa de aproveitamento dos voos não cai. Pelo contrário sobe ligeiramente, mesmo em um período de dificuldade econômica. Ou seja, a indústria consegue ajustar a sua capacidade, a sua oferta à demanda”, destacou o assessor técnico.
Em setembro, a oferta de assentos foi reduzida em 6,3%, e no acumulado do ano, de janeiro a setembro, as companhias diminuíram em 5,6% a disponibilidade de viagens.
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS)
Foto: Ivanildo Porto