Até o final de dezembro de 2016, devem ser injetados na economia de Guarulhos cerca de R$ 952,4 milhões em razão do pagamento do 13º salário. No entanto, o crescimento apresentado em relação a 2015 é de apenas 2,2%, quando o pagamento do salário chegou a R$ 932 milhões.
A estimativa é da Subseção do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) dos Metalúrgicos de Guarulhos e Região. Segundo o departamento, o mercado formal de trabalho no município conta com aproximadamente 332.633 mil trabalhadores. Contudo, neste ano houve uma queda de 3,5% no total de trabalhadores contemplados pelo pagamento de 13° salário, isso devido ao fato do município estar com saldo negativo de 9.127 postos de trabalho.
O estudo é baseado nos dados da Relação Anual de Informações Sociais (Rais) e do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), ambos do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). No caso da Rais, o Dieese considerou todos os assalariados com carteira assinada, ocupados no mercado formal, nos setores público (celetistas ou estatutários) e privado, que trabalhavam em dezembro de 2015. Já o CAGED foi considerado o saldo da movimentação entre os meses de janeiro e setembro de 2016.
Para os assalariados do emprego formal, o rendimento foi atualizado pela variação média do INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) de janeiro a setembro de 2016 com relação ao mesmo período de 2015.
Trabalhadores do setor de serviços serão maioria a receber benefício
Dos cerca de 332.633 mil trabalhadores que devem ser beneficiados pelo pagamento do 13º salário, 127.635 mil ou 38,4% são do setor de serviços. O emprego formal na indústria de transformação é responsável por 27,5% (91,3 mil) do total. Em seguida vem os 72,6 mil (21,8%) no setor do comércio; 24,3 mil (7,3%) são ligados a administração pública; 9,6 mil (3%) ligados a construção civil e 7 mil nos demais setores.
No que diz respeito ao montante a ser pago a título de 13º, observa-se a seguinte distribuição: R$ 331,2 milhões referem-se a trabalhadores no emprego formal na indústria de transformação; R$ 319 milhões no serviços; R$ 159 milhões no comércio; R$ 102,3 milhões na administração pública; R$ 23 milhões na construção civil; e R$ 16,1 milhões nos serviços industriais de utilidade pública.
Reportagem: Rosana Ibanez
Foto: Ivanildo Porto