O presidente Michel Temer tem sido aconselhado por assessores e auxiliares a aumentar o número de agendas públicas e viajar mais pelo país neste final de ano. A avaliação é que o peemedebista tem se dedicado nos dois últimos meses quase que exclusivamente à articulação com o Congresso Nacional, assumindo uma função que caberia na verdade aos ministros do núcleo político do governo federal.
No período, o presidente assumiu as rédeas nas negociações da proposta do teto de gastos públicos, aprovada na Câmara dos Deputados, e na formulação da reforma previdenciária, que será enviada em dezembro ao Congresso Nacional.
Nas palavras de um assessor direto, chegou a hora do presidente se “desencastelar” do Palácio do Planalto e iniciar um diálogo mais amplo e direto com a sociedade, e não apenas com a Câmara e com o Senado.
Segundo a reportagem apurou, contudo, o peemedebista ainda oferece resistência ao conselho e tem ressaltado a necessidade de permanecer em Brasília para garantir a aprovação do teto de gastos no Senado.
Desde que assumiu definitivamente o comando do Palácio do Planalto, no final de setembro, Temer viajou dentro do país apenas para São Paulo e para o Rio de Janeiro, onde participou de encontros com empresários e executivos.