A Polícia Militar retirou, na noite de quarta-feira (16), cerca de 30 manifestantes que tentaram ocupar a escola estadual Érico Veríssimo, na Vila Endres. Não houve confronto e a saída foi pacífica.
Os militantes articularam a entrada na escola através das redes sociais. Segundo relatos da página “Ocupa Unifesp”, os manifestantes estavam mobilizados a recolher doações para manter o protesto no local.
“Toda ajuda, auxílio e cuidado é bem-vindo. Precisamos de alimentos, produtos de higiene e de limpeza. Artistas, militantes, ativistas, cidadãos, pais, mães, famílias, professores, alunos, todos, venham somar na ocupação”, dizia o post.
Uma foto, que acompanhava a publicação, mostrava dez estudantes segurando cartazes com os dizeres “ocupado” e “a escola é nossa”. Segundo a Secretaria Estadual da Educação, o grupo tentou promover uma invasão ao local e, por isso a PM acabou retirando os militantes.
A pasta ressaltou ainda que não sabia se os jovens eram estudantes da escola Érico Veríssimo, portanto não soube afirmar de quem seria a responsabilidade pelo ato. De acordo com a diretoria da escola, as aulas ocorrem normalmente e o evento não atrapalhou as atividades escolares do período noturno. Os manifestantes alegaram que a ocupação era contra a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 55, que prevê o congelamento dos investimentos em áreas como a saúde e educação por mais de 20 anos.
Se a ocupação tivesse ocorrido, esse seria o segundo prédio público a ser tomado por militantes contra a PEC. O único caso hoje é o da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Há duas semanas estudantes estão com as aulas de graduação da unidade prejudicadas. Antes, a Câmara Municipal também foi alvo e protestos.
Reportagem: Leticia Lopes
Foto: Ivanildo Porto