O desfile das escolas de samba de Guarulhos poderá ser transferido do Taboão para a região central da cidade. A mudança de local é uma das propostas que está sendo analisada pela Liga Independente das Escolas de Samba de Guarulhos (Liesg) junto à prefeitura. E tem mais: o desfile na avenida seria realizado em único dia- 28 de fevereiro.
As revelações foram feitas pelo novo presidente da Liesg, Fabiano Moreno, o “Ezequiel Muvuca”, em entrevista exclusiva ao HOJE nesta sexta-feira (20).
Segundo ele contou, os locais que estão sendo estudados para a transferência do desfile são as avenidas Paulo Faccini e Tancredo Neves; assim a festa deixaria de ocorrer na avenida Joaquina de Jesus, no Taboão já a partir do Carnaval deste ano.
Quanto à proposta de um único dia de desfile, se isso ocorrer, não haverá campeão ou descenso, mas todas as 17 escolas de samba, entre os grupos de acesso e especial participariam.
“Para o desfile único, muitas escolas estão realizando um trabalho de reuso em suas fantasias”, diz Muvuca.
A falta de subsídio afeta a decoração do desfile, que terá um número menor de carros alegóricos.
“A previsão que estamos trabalhando é que tenha dois ou três carros”, afirmou o sambista.
Segundo Muvuca, a nova gestão da prefeitura esteve reunida com a Liesg em várias ocasiões durante o mês de novembro quando foram discutidos os problemas financeiros, tendo a gestão Guti informado de que não iria contribuir com a verba para o Carnaval de 2017 da cidade em virtude da crise financeira.
O último repasse efetuado pela Prefeitura de Guarulhos a Liesg foi no ano passado, no valor de R$ 590 mil. Os subsídios para as escolas do grupo de acesso e blocos ficavam em torno de R$ 20 mil. Já as escolas do grupo especial recebiam R$ 30 mil.
“Nós estamos em conversa com pequenos comerciantes e os bares da rua Tapajós, no centro”, diz Muvuca. O objetivo é obter um patrocinador para ajudar nas despesas do desfile.
Muvuca assumiu a presidência da Liesg em outubro, mas trabalha com o Carnaval desde 1990, entre escolas de samba de Guarulhos e São Paulo.
“Muita gente não conhece o verdadeiro trabalho do Carnaval, há todo um lado social envolvendo a comunidade”, disse o presidente da Liesg.
Reportagem: Ulisses Carvalho