Abrir ou não o parlamento para trabalhos na Semana santa? O tema foi motivo de forte discussão na sessão da Câmara Municipal nesta terça-feira (18). No entanto, a maioria dos vereadores optou por manter intacto o regimento interno da Casa de Leis, que descarta a obrigatoriedade de trabalhar neste período do ano.
O parágrafo único do artigo 154 do Regimento Interno da Câmara Municipal prevê a não realização de sessão parlamentar durante a Semana Santa. Entendendo que esta condição pudesse ser modificada, Edmilson Souza (PT), líder da oposição no Legislativo, apresentou proposta para alteração, que foi rejeitada.
“Eu entendo que é uma retaliação da base e falta de informação dos vereadores desta Casa. Entendo que muitos vereadores votaram sem saber o que era. Não estamos em fase final, mas sim em deliberação. Eu acho que mais uma vez o líder do governo meteu os pés pelas mãos”, alfinetou Souza.
Além de acreditar que a rejeição pode ser uma manobra da base governista em retaliação, o petista aponta o episódio como uma retaliação à obstrução realizada na sessão que aprovou a reestruturação da administração municipal e criou 1.200 cargos comissionados. Já o vereador Wesley Casa Forte (PSB) descartou esta condição. “Nós não entendemos dessa forma, até por que a Câmara tem seu parlamento democrático”, afirmou.
Reportagem: Antônio Boaventura
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Foto: Ivanildo Porto