Os metroviários de São Paulo decidiram fazer uma paralisação de 24 horas nesta sexta-feira (5) contra o aumento de jornada de trabalho. Se confirmada, essa será a terceira vez no ano que os funcionários do Metrô paulista param de trabalhar. Alex Santana, diretor do Sindicato dos Metroviários, afirma que o Metrô quer ampliar a jornada de trabalho, de forma unilateral, prejudicando a escala de vários funcionários.
“O Metrô está aumentando a jornada com um intervalo de uma hora de forma autoritária provocando vários transtornos aos metroviários. Por isso, a categoria faz movimento para resistir a isso”, disse Santana.
De acordo com o sindicato da categoria, a decisão da suspensão das atividades foi decidida em uma assembleia realizada na noite desta terça (2). Contudo, uma nova assembleia será realizada nesta quinta (4), às 18h30, para confirmar ou não a interrupção do serviço.
“O sindicato sempre lutou pela manutenção dos 30 minutos e propôs ao Metrô que momentaneamente a intrajornada de uma hora ocorresse dentro das jornadas atuais. Lamentamos as mentiras divulgadas pela empresa”, diz, em nota, o sindicato.
O Metrô paulista tem cerca de 9.200 funcionários, sendo que dois terços deles estão diretamente envolvidos na operação dos trens e estações, e transporta cerca de 4 milhões de pessoas (média mensal de 2016) pelas linhas 1-azul, 2-verde, 3-vermelha, 5-lilás e 15-prata.
Os metroviários já realizaram duas paralisações em 2017: uma no dia 15 de março e na última sexta (28). Em ambas, os funcionários do Metrô apoiaram a greve geral convocada por centrais e movimentos sociais contra as reformas da Previdência e das leis trabalhistas.
O Metrô de São Paulo não se posicionou a respeito da ameaça do sindicato até a conclusão desta edição.
Crédito: Futura Press/Folhapress