Uma confusão na Escola da Prefeitura de Guarulhos Antônio Gonçalves Dias, localizada na rua Augusto dos Santos Augusto, no Jardim Palmira, terminou com a prisão de dois menores pela Guarda Civil Municipal (GCM), na noite desta última segunda-feira (22), após um aluno se recusar a receber a notificação de que seria transferido para outra escola, segundo informou a Secretaria de Assuntos para Segurança Pública.
Já o estudante Lucas Neves, diz que a confusão iniciou entre dois alunos, porém, tomou proporções maiores, após a direção chamar a GCM. “ A GCM foi chamada, e a situação se tornou uma grande briga, pois os policiais tomavam a força o celular de quem estava tentando gravar a cena no momento, e jogavam no chão”, afirmou Neves, relatando que 15 celulares foram quebrados.
Em um dos vídeos, um policial toma a força o celular de uma estudante, que grita desesperada para ele não tomar. “Eles não chegaram conversando, já foram distribuindo borrachada e spray de pimenta em todos os alunos”, disse Neves, revelando que também havia a presença do Grupo de Operações Especiais (GOTE).
Entre os feridos, um senhor estudante do EJA (Ensino de Jovens e Adultos), teria tomado pancada nas costas pelos policiais. O adolescente causador da confusão, já teria passagem por receptação, e uma mulher foi presa por desacato à autoridade.
A reportagem HOJE entrou em contato com a Secretaria de Assuntos para Segurança Pública, que em nota oficial informou que o coordenador da EPG Antônio Gonçalves Dias, na Vila Palmira, acionou à GCM em razão do aluno xingar e ofender a vice-diretora e funcionários da secretaria da escola e se recusar a receber a notificação de que seria transferido para outra escola. O coordenador solicitou que o aluno fosse retirado da sala. Isto motivou um tumulto na escola. Quatro guardas foram agredidos, feridos e encaminhados ao Hospital Municipal de Urgências (HMU).
“ Dois adolescentes foram apreendidos (sendo que o causador da questão tem passagem por receptação), além de uma mulher maior de idade, que foi enquadrada no crime por desacato. A pasta informa também que duas pessoas testemunharam a favor da GCM na delegacia. A Secretaria esclarece que não houve excesso na ação da GCM, a qual agiu na medida para conter o tumulto. Ao contrário, a violência física partiu do aluno, de um colega seu e da mulher. A pasta informa ainda desconhecer que celulares foram quebrados e irá apurar o fato”.
Reportagem: Ulisses Carvalho
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