A sessão da Câmara Municipal de Guarulhos desta terça-feira (30) teve um clima tenso em virtude dos protestos realizados por agentes da abordagem social do município e ex-comissionados da prefeitura que, exonerados em janeiro, ainda não receberam suas verbas rescisórias.
“Hoje o maior problema é trabalhar sem receber. Nós estamos pagando para trabalhar. Já são seis meses sem receber. Estamos trabalhando todos os dias e sem receber um centavo. A prefeitura fala que a culpa é da empresa, e logo, a empresa responsabiliza a prefeitura”, disse a agente Tânia di Genaro, de 37 anos.
De acordo com Tânia, a prefeitura não paga a empresa Matzarha Consultoria Ltda. – EPP, ao qual está vinculada, desde janeiro deste ano. Ela também ressalta que os 33 funcionários designados a cumprir a tarefa de acolhimento das pessoas em situação de rua não podem cumprir com suas obrigações profissionais pelos próximos cinco dias até que o impasse seja solucionado.
“A prefeitura colocou três voluntários pra fazer aquilo que 33 funcionários faziam na rua com as pessoas que estão em situação de rua. Hoje a praça Getúlio Vargas tem mais de 50 pessoas dormindo no coreto, quando a abordagem já tinha tirado o pessoal do coreto”, explicou.
O líder do governo do prefeito Guti (PSB) na Câmara, Eduardo Carneiro (PSB), entende que a nova gestão está dando sequência ao trabalho realizado pelo ex-prefeito Sebastião Almeida na área de assistência social.
“Existe uma secretaria, que é a de Assistência Social que já faz um trabalho desde a gestão anterior e está continuando. O pessoal do PT tem a triste mania de dizer que só eles fazem. O momento do governo deles já passou”, concluiu Carneiro.
Reportagem: Antônio Boaventura
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Foto: Ivanildo Porto