O prefeito Guti (PSB) anunciou no início de maio a terceirização de três unidades de saúde da cidade, entre elas o Hospital Municipal de Urgências (HMU), que ficou sob responsabilidade do Instituto Gerir, que tem sede em Goiânia (GO), para amenizar os problemas relacionados ao atendimento a população, porém, usuários continuam reclamando da demora no atendimento.
Nesta terça-feira (04), uma paciente, que preferiu não se identificar, revelou que o atendimento para a especialidade de clínico médico estava, até certo ponto aceitável, mas, que na área de internação a situação era crítica. Por lá, segundo contou ao HOJE, havia superlotação, além de um atendimento considerado, por ela, precário.
A paciente Fátima Alves revelou que no dia 26 do mês passado, após ser atendida na Policlínica Paraventi, que também conta com a gestão do Instituto Gerir, teve de se dirigir ao HMU depois de ouvir de um médico daquela unidade, de acordo com ela, que deveria aguardar por cerca de 17 horas para ser atendida. Ela havia chegado ao local por volta das 14h.
Sem qualquer outra alternativa, Fátima procurou acolhimento no HMU e por lá, segundo ela, teve de aguardar por cerca de 8 horas para ser atendida. “A Policlínica Paraventi está um caos. Estava com a pressão altíssima e nem fui medicada. O médico teve a capacidade de falar que teria de aguardar das 14h às 7h do dia seguinte. No HMU outro caos. Tive de aguardar 8 horas por atendimento. Cadê as melhorias tão divulgadas?”, perguntou Fátima.
A encarregada de limpeza Nélia Leite, 65, que acompanha seu filho no hospital, internado desde a última sexta-feira (30), denunciou descuido que funcionários tiveram com seu filho ao aplicar medicamento errado. “Na sexta-feira (30) meu filho foi internado e nesta segunda-feira (3) o médico prescreveu Tramol e estavam dando Dipirona”, informou.
O Instituto Gerir informou que as reclamações da paciente Fátima Regina Alves não são procedentes. O instituto afirmou que no dia 26 de junho, às 14h34, ela foi atendida na Policlínica Paraventi, passou pela triagem e foi encaminhada ao médico. Recebeu orientação para ser medicada e ficar em observação na unidade. A paciente recusou a medicação e deixou a Policlínica, o que foi prontamente registrado em sua ficha.
Reportagem: Antônio Boaventura
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Foto: Ivanildo Porto