Sob sigilo, negociação da dívida da Saae com Sabesp ainda permanece estagnada

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A dívida acumulada desde 1996 do Saae (Serviço Autônomo de Água e Esgoto) com a Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo), que atingiu o montante de R$ 2,9 bilhões, de acordo com a autarquia, continua sem previsão para uma solução. A dívida teve seu início na administração do então prefeito Vicentino Papotto (PMDB).

O Saae afirmou que não é possível estabelecer um determinado prazo para que esta dívida seja quitada. Entretanto, ela ressalta que mantém diálogos ou negociação com a Sabesp com o propósito de garantir e melhorar o abastecimento do insumo em toda cidade.
A autarquia também diz que voltou a pagar a conta de água à Sabesp, em torno de R$ 17 milhões ao mês, o que não aconteceu nos últimos 24 meses, além de R$ 1,5 milhão que o Saae paga por mês de precatórios da dívida com o órgão estadual.

Mesmo com o reconhecimento da dívida, o Saae não deu maiores detalhes sobre de que forma pretende solucionar o impasse envolvendo os débitos com a Sabesp, e tampouco o prazo para findá-la. A empresa de capital misto é responsável por 87% do abastecimento de água na cidade. Outros 13% são atendidos pelo próprio município.

Em contrapartida, o Saae afirma que as tratativas da dívida permanecem em sigilo por um pedido da Sabesp. Como justificativa, a autarquia revelou que a postura adotada é em virtude da Sabesp ser uma empresa de capital aberto. Procurada, a Sabesp não se manifestou sobre o assunto até a conclusão desta edição.

Reportagem: Antônio Boaventura
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Foto: Ivanildo Porto

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