Estudo realizado pelo Sindicato Nacional das Empresas de Limpeza Urbana (Selur), Associação Brasileira de Resíduos Sólidos e Limpeza Pública (ABLP) e a consultoria Price Waterhouse Coopers (PWC) aponta a cidade de Guarulhos como o 61º município com melhor gestão sobre o lixo produzido. O Índice de Sustentabilidade da Limpeza Urbana (Islu) avaliou 3 mil municípios.
A avaliação demonstrou que as cidades que contam com um planejamento de limpeza urbana também apresentam um desempenho melhor. O estudo mostra que 75% dos municípios com esse tipo de plano e arrecadação específica dispõem o lixo em aterros sanitários, ante 24% daqueles sem arrecadação e planejamento de sustentabilidade.
A proposta dos envolvidos tem como objetivo medir a eficácia das cidades brasileiras em gerir o lixo por elas produzido. Neste propósito é medida a capacidade de redução do volume de resíduos que produzem, além da extinção dos lixões e o mapeamento do cumprimento das recomendações da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS). Aspectos como o processo de coleta, destinação e reaproveitamento também fazem parte do estudo.
“Os dados apresentados revelam a importância de mecanismos específicos para gerar recursos para o descarte correto dos resíduos. O ISLU também traz uma série de análises e parâmetros para que gestores públicos e privados de limpeza urbana possam tornar o ambiente das cidades mais adequado e sustentável”, disse Marcio Matheus, presidente do Sindicato das Empresas de Limpeza Urbana (Selur).
Para chegar aos resultados do ISLU, quatro aspectos são levados em consideração: Engajamento do Município (população atendida e população total); Sustentabilidade Financeira (arrecadação específica menos despesa do serviço sobre a despesa total do município); Recuperação dos Recursos Coletados (material reciclável recuperado sobre total coletado); e, por fim, Impacto Ambiental (quantidade destinada incorretamente sobre a população atendida).
“Guarulhos teve um avanço nestes últimos 12 meses. O que fez a avaliação de Guarulhos subir foi à questão de como está sendo tratada a reciclagem, apesar da cidade não ter verba direcionada para este fim, já que usa verba do próprio orçamento”, concluiu Carlos Rossin, consultor e responsável pelo estudo.
Reportagem: Antônio Boaventura
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