As manifestações pela abertura de investigação no STF contra o presidente Michel Temer realizadas em São Paulo e Brasília na quarta-feira (2) tiveram baixa adesão.
Na capital paulista, o protesto ocorreu na avenida Paulista, em frente ao prédio onde fica o escritório da Presidência da República.
O ato convocado pela Frente Brasil Popular, formada por movimentos de esquerda, reuniu poucas pessoas, limitando-se ao espaço da calçada entre o metrô Consolação e a rua Augusta.
Ainda assim, o coordenador da CMP (Central de Movimentos Populares), Raimundo Bonfim, estimou que 600 pessoas participaram do ato.
Bonfim disse que acreditava na vitória de Temer na votação na Câmara mas por um placar não “tão alto”. “O que causa uma expectativa de aumentar a mobilização nas próximas denúncias”, afirmou.
Em Brasília, o “empresário falido” André Rhouglas, 56, se amarrou a uma cruz como manifestação contra o presidente Temer. Pela manhã, ele era a única pessoa protestando em frente ao Congresso.
Rhouglas, de Ponte Nova (MG), já participou de outros protestos, inclusive pela saída da ex-presidente Dilma Rousseff. Ele também era o único manifestante em frente ao TSE em junho, na votação da cassação da chapa.
Ele afirmou que está há 18 horas amarrado na cruz. “Acho um absurdo estar sozinho. O brasileiro reclama e pouco faz. Eu estou fazendo minha parte”, disse.
Protestos ligados ao MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto) bloquearam rodovias da Grande São Paulo, na manhã de quarta.
Por volta das 7h, manifestantes fizeram barricadas de fogo com pneus nos dois sentidos da rodovia Régis Bittencourt, na região de Taboão da Serra, na pista sentido São Paulo da rodovia Anchieta, no km 23, em São Bernardo do Campo (ABC Paulista), e na pista sentido São Paulo da rodovia Presidente Dutra, em Guarulhos.
Após a chegada da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros, as vias foram liberadas após as 8h. Na capital, a estrada do M’Boi Mirim também foi interditada por um protesto do MTST.
Crédito: Jorge Araújo/Folhapress
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