O grupo CCR, concessionária responsável pela administração da rodovia Presidente Dutra, linha quatro amarela do metrô de São Paulo e uma empresa que tem capital misto, cujo parte é controlada pelas construtoras Andrade Gutiérrez e Camargo Corrêa, pode ser incorporada ao consórcio Invepar, responsável pela administração do Aeroporto Internacional de Cumbica, em uma operação que poderia acarretar em uma troca de ações e também injeção do capital.
A Invepar foi fundada no ano de 2000, com o objetivo de participar na parte de infraestrutura, tendo como sócio atualmente a Previ (Fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil); Petros (dos funcionários da Petrobras); Funcef (da Caixa Econômica Federal) , todos com 25% das ações, além da OAS, que está em situação de recuperação judicial, porém, a fatia de 25% que pertencia a construtora, agora está no comando dos credores da empresa,.
A negociação entre o grupo CCR e a Invepar pode envolver a parte que pertencia OAS, com a possibilidade de ser repassada por meio de venda. O consórcio vencedor da administração do Aeroporto Internacional de Guarulhos, Invepar ACSA (Airports Company South África SOC Limited), ganhou a concessão do aeroporto pelo período de 20 anos após a oferta de R$ 16,213 bilhões, lembrando que essa iniciativa deteve uma fatia de 51% de Cumbica, os outros 49% são da Infraero, que devem ser leiloados durante o ano que vem.
Em nota enviada ao HOJE, a CCR afirmou continuar atenta ao mercado e as novas oportunidades em licitações sejam no Brasil ou no exterior, mas relacionada a este caso, a empresa optou por não se pronunciar. “Em relação às informações sobre uma possível compra de ativos, veiculada na imprensa nesta manhã, a CCR, informa que utiliza seus canais de comunicação e relacionamento para divulgações oficiais da companhia. Sendo assim, não comenta especulações e reafirma que, sempre que necessário, informará de maneira proativa ao mercado sobre eventuais informações relacionadas aos negócios da companhia”.
GRU Airport reduz prejuízo no terceiro semestre
A GRU Airport reduziu o prejuízo financeiro nesse terceiro semestre no Aeroporto Internacional de Guarulhos, após uma queda de 49,8%, representando também um avanço na parte da receita líquida, que atingiu 8,4% e um aumento no número de passageiros, principalmente levando em conta ao número de conexões, com um aumento de 6%, mais de nove milhões de pessoas.
A dívida da concessionária ainda é grande, está em R$ 3,6 bilhões. A GRU Airport também vem implantando novas medidas, como a inauguração recentemente de um novo terminal voltado para a aviação executiva, com a capacidade para receber 14 jatos, além da instalação de novas lojas, restaurantes, supermercado e uma barbearia.