Estupro de vulnerável aumenta 80% em Guarulhos

PINHEIRO, MA, BRASIL, 10-06-2010: No Conselho Tutelar de Pinheiro, alguns dos sete filhos que Sandra Maria diz ter tido como pai, o lavrador José Agostinho Bispo Pereira, aguardam atendimento. Analfabeta e abandonada pela mãe, Sandra contou que viveu desde os 12 anos sem saber que a violência sexual, o cárcere privado e os maus-tratos cometidos pelo pai eram crimes. (Foto: Albani Ramos/Folhapress) *** PARCEIRO FOLHAPRESS - FOTOS COM HONORÁRIOS E CRÉDITOS OBRIGATÓRIOS ***
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Os casos de estupro de vulnerável aumentaram 80% na cidade em comparação ao ano anterior, somando apenas nestes nove primeiros meses, 159 ocorrências contra 88 em 2016, de acordo com dados da Secretaria de Segurança Pública (SSP). O bairro com maior número não foi divulgado, mas os meses com maior incidência do crime foram março e maio, com 22 casos.

O crime é configurado como estupro de vulnerável ao ter conjunção carnal ou praticar algum ato libidinoso com menores de 14 anos, ou que apresentem alguma enfermidade ou deficiência mental. A punição para este tipo de crime é de 10 a 20 anos de reclusão, e no caso de morte, de 12 a 30 anos.
Em 2016, Guarulhos não registrou nenhum caso durante os seis primeiros meses, apenas em setembro teve ocorrência, sendo o mês com maior número de crimes em outubro. Neste ano, houve casos envolvendo pai e filha na região do Ponte Alta, e até pastor no Jardim Bananal.

No mês de abril, um pai foi acusado de estuprar a própria filha, e segundo teria afirmado a adolescente aos policiais, Cleiton Alcântara da Silva, estaria embriagado, sendo detido em flagrante pela Polícia Militar. Em outro caso, na Estrada do Tanque Grande, um pastor foi acusado de estuprar uma criança de dez anos dentro de um veículo.

Em resposta, a SSP afirmou ao HOJE que na ocorrência do Ponte Alta, o acusado foi encaminhado ao Poder Judiciário. Já o pastor, foi autuado em flagrante e encaminhado para a penitenciária Parada Neto, e segundo a Polícia Civil, foi apresentado um segundo suspeito no crime, para o qual foi instaurado um inquérito policial que segue em andamento pelo 7°DP.

“Os números de estupros de vulnerável começaram a ser divulgados no site a partir de setembro de 2016 com o objetivo de ajudar as políticas de prevenção contra esse tipo de crime. O Estado de São Paulo conta com 133 Delegacias de Defesa da Mulher (DDM) e todos os policiais civis de São Paulo passam por aulas específicas na Academia de Polícia, como Atendimento Público e Direitos Humanos para prestar o melhor atendimento às vítimas”.

Reportagem: Ulisses Carvalho
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Foto: Albani Ramos/Folhapress

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