A ação do advogado criminalista Cristiano Medina da Rocha proporcionou a soltura de 14 réus da Operação Jericó, realizada pelo Ministério Público Estadual (MPE-SP), por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco). As atividades da operação começaram em setembro de 2016 e se intensificaram no começo do mês de julho deste ano. Entre os presos estão o chefe de investigação de Roubo de Carga da Seccional de Guarulhos e o chefe de investigação do 1º Distrito Policial da cidade.
Naquela ocasião, foi identificado o funcionamento de uma organização criminosa que atuava na capital e Grande São Paulo explorando casas de jogos ilegais. De acordo com as investigações, os membros da organização criminosa possuíam um estruturado e engenhoso sistema de cooptação de policiais civis e militares e, ainda, servidores públicos para obter informações e impedir que seus bingos e locais de jogos ilegais fossem fechados.
A ação contou com 35 promotores de Justiça, 300 policiais civis e militares, apoio de mais de uma centena de viaturas, que cumpriram cerca de 100 mandados de busca e apreensão, além de 22 mandatos de prisão temporária. Foram presos oito policiais militares, quatro policiais civis, entre eles um já da reserva, e outras dez pessoas, além da apreensão de 652 máquinas de jogos, 31 celulares, 181 CPUs e uma determinada quantia em dinheiro.
A operação aconteceu nas cidades de São Paulo, São Bernardo do Campo, Guarulhos, Peruíbe, Oriente, praia Grande, Ribeirão Pires, Santa Cruz do Rio Pardo, Santo André, Ferraz de Vasconcelos, São Caetano do Sul e Itanhaém.
A liberdade dos réus só foi possível por conta do provimento dado ao Habeas Corpus impetrado pelo advogado Cristiano Medina da Rocha, demonstrando dentre outras ilegalidades o excesso de prazo injustificado na instrução criminal. Os 14 suspeitos permaneceram presos por cinco meses sem que houvesse manifestação do Poder Judiciário sobre o julgamento deles.
Antônio Boaventura
[email protected]
Foto: Ivanildo Porto