Nesta quinta-feira, 7, o governador Geraldo Alckmin acompanhou a operação para lançamento das últimas 20 vigas na parte elevada da nova Linha 13-Jade. As obras da primeira linha implantada pela CPTM estão em ritmo acelerado e, nesta semana, uma das mais importantes etapas será finalizada. A operação começou no dia 5 e vai até 10 de dezembro. As 20 vigas são pré-moldadas, do total de 764, utilizadas para dar sustentação ao trecho em elevado da Linha 13-Jade, que ligará São Paulo ao Aeroporto Internacional de Guarulhos.
“Teremos uma nova linha de trem integrando o maior aeroporto do Brasil com o sistema metroferroviário de São Paulo. É uma grande conquista. Em março, teremos a ferrovia pronta, as estações prontas e os trens entregues”, comentou Alckmin. “Já inauguramos a Estação Engenheiro Goulart, agora vamos entregar, em março, mais duas outras estações, a Cecap e Aeroporto de Guarulhos”, disse.
Graças a essas vigas, os trens percorrerão o trajeto de 7,9 quilômetros sobre importantes rodovias como a Ayrton Senna e a Hélio Smidt, sem impacto no trânsito de veículos. Para efeito de comparação, cada viga mede 31 metros de extensão e pesa 96,8 toneladas, o equivalente a 121 carros populares com peso médio de 800 kg. Para atender essa demanda, uma fábrica foi montada em um dos canteiros, onde é produzida a maioria das peças pré-moldadas previstas no projeto, facilitando a logística de distribuição do material em vários pontos da obra.
Após o lançamento das vigas, serão feitos os serviços de concretagem da área onde será implantada a via férrea. No total, há 2.300 trabalhadores envolvidos na obra, para que a nova linha entre em operação a partir de março do ano que vem.
O governador comentou sobre o fim do risco dos passageiros do aeroporto perderem voo por pegarem trânsito pelo caminho. “Vai facilitar muito porque as pessoas, quando vêm para o aeroporto, tem um grande risco de ficar parado nas marginais ou na Rodovia Ayrton Senna. Teremos, então, um trem regular e também um com horário especial, da Estação Luz até o aeroporto, sem parada”, destacou.
Com um investimento de R$ 2,3 bilhões, a Linha 13-Jade representou um grande desafio para a engenharia civil. São seis transposições, das quais uma realizada por meio de um viaduto estaiado e cinco pelo método balanço sucessivo, técnica indicada para vencer vãos em áreas onde há dificuldade para montagem de escoramentos, como rios e vias de tráfego intenso. Para se ter ideia, a principal transposição em balanço sucessivo fica na rodovia Presidente Dutra e tem um vão livre de 120 metros. Já o viaduto estaiado tem dois mastros com cerca de 70 metros de altura. O maior vão a ser vencido é de 180 metros no entroncamento entre as rodovias Ayrton Senna e Hélio Smidt.
Linha 13-Jade
No total, estão sendo implantados 12,2 km de linha, saindo da estação Engenheiro Goulart, na Linha 12-Safira (Brás-Calmon Viana), em direção a Guarulhos, com duas novas estações: Guarulhos-Cecap e Aeroporto-Guarulhos. A Estação Engenheiro Goulart foi reconstruída e entrou em operação na Linha 12-Safira em agosto deste ano e, a partir do ano que vem, será o ponto de integração entre as duas linhas.
Também haverá integração com o Terminal Rodoviário de Guarulhos, o ponto de integração urbana da EMTU, e com o Terminal Metropolitano da EMTU na Estação Aeroporto. A demanda inicial prevista da Linha 13 é de 130 mil usuários/dia.
Com arquitetura arrojada, as estações têm estruturas leves e envidraçadas, com bastante iluminação natural e amplos mezaninos, sendo projetadas para atender com conforto a demanda de passageiros. A estrutura dos novos prédios conta com plataformas cobertas.
As estações terão todos os itens de acessibilidade, como elevadores, comunicação em Braille, corrimãos e rampas adequadas, piso e rota táteis, e também vão dispor de banheiros públicos comuns e exclusivos para pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida. O local terá sistema de captação de água da chuva, que após tratamento, é utilizada na limpeza e banheiros da estação. A comunicação visual moderna facilitará o deslocamento dos usuários no interior do edifício, que também terá lixeiras para descarte de lixo comum e reciclável.
Foto: Gilberto Marques/A2img