Sob um custo de US$ 6 milhões de dólares, Guarulhos pode ser contemplada no próximo ano com uma central de pesquisa e desenvolvimento para transporte de cargas. A iniciativa é de uma start-up norte-americana, que irá desenvolver o projeto em três anos. Outras três cidades também disputam o direito de abrigar o centro tecnológico.
“Isso vai gerar emprego e renda. O desenvolvimento tecnológico vai qualificar pessoas, trazer conhecimento de fora e ensinar pessoas da região para desenvolver projetos que podem ser globais. Geralmente, o investimento aplicado em P&D retorna para a comunidade 150% a mais do investimento realizado”, explicou Ricardo Penzin, Business Development Support – Brasil da Hyperloop TT.
Para se instalar no município, a empresa norte-americana exige como contrapartida uma área de 3 mil metros quadrados para desenvolver a tecnologia para o transporte de cargas com uma cessão de uso do local por 40 anos. No entanto, a tecnologia pode ou não ser implementada na cidade.
“O salário médio é o que muda a cara de um município. É o que melhora a qualidade de vida. O maior problema que temos hoje é que quase 800 mil pessoas estão utilizando hospital público. Esse pessoal não ganha o suficiente para pagar o plano de saúde. Ele traz emprego, qualificação da mão de obra e aumenta o salário médio”, concluiu Rodrigo Barros, secretário de Desenvolvimento Cientifico, Econômico, Tecnológico e de Inovação (SDCETI).
Se o município for contemplado serão criados mais de 100 empregos diretos
O projeto inédito de transporte em cápsulas, que utiliza tecnologia patenteada de levitação magnética passiva dentro de tubos despressurizados, permitindo alcançar velocidades de até 1,2 mil quilômetros por hora e com capacidade de cerca de 160 mil passageiros diários.
Caso a Hyperloop instale seu Centro de Pesquisa e Desenvolvimento de Transporte de Carga em Guarulhos, considerando uma projeção da própria empresa, serão criados mais de 100 empregos diretos nos primeiros 3 anos de atuação.
Além disso, existe a imediata qualificação profissional dos contratados, uma vez que eles poderão participar de projetos globais, além do retorno de 150% do investimento realizado para o município em infraestrutura e outros ganhos.
Antônio Boaventura
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Foto: Ivanildo Porto