O suspeito de ter feito o disparo que matou o menino Arthur Bencid Silva, 5 anos, teve nesta quarta-feira a prisão temporária negada pela Justiça.
Na hora da virada, entre os dias 31 e 1º, o acusado fez seis disparos com um revólver calibre 38 e, duas horas depois, foi preso por porte ilegal de arma em Parelheiros (zona sul), onde mora.
A criança foi atingida por um projétil de calibre 38, no mesmo horário, na casa de parentes, na Vila Sônia (zona oeste), há 20 km do local onde o suspeito foi preso.
A Polícia Civil apura se ele estava próximo da casa da vítima na hora dos disparos, o que ele nega. Um exame de confronto balístico vai dizer se o projétil que matou o menino saiu da sua arma.
O homem foi liberado na segunda-feira, após pagar fiança de R$ 500 em audiência de custódia. Ontem, o juiz que analisou o caso da morte da criança considerou que o suspeito pode aguardar em liberdade o resultado do exame, por ter residência fixa e não constar antecedente criminal em seu nome.
Policiais do 89º DP (Jardim Taboão) também vão ouvir amigos e parentes do suspeito, que estariam com ele no horário dos disparos.
Uma interceptação telefônica de outra investigação mostra que duas pessoas conversavam sobre a preocupação do suspeito com a repercussão da morte do menino, antes mesmo de ser procurado pela polícia.
Além de aguardar o resultado do confronto de balística, a polícia investiga outras hipóteses, como se a bala partiu de algum prédio próximo à casa onde estava a criança -mas essa possibilidade é mais remota, segundo investigadores.
O que se sabe até agora é que o projétil entrou pelo alto da cabeça e se alojou na base do crânio do menino, numa trajetória vertical. A criança estava em pé na hora em que foi atingida, de acordo com familiares.
(Folhapress)
Foto: Reprodução/Marcelo Gonçalves/AE