Nesta quinta-feira (01), entrou em vigor o novo modelo de cobrança da tarifa de ônibus com reajuste de 3,61% e 13,25%. O formato implantado estabelece valores distintos para o usuário do transporte público que utiliza o bilhete único e para aqueles que pagam o serviço com dinheiro ou estão cadastrados pelas empresas que trabalham.
Quem usa o bilhete único passa a pagar R$ 4,30 e quem não possui o cartão irá ter de desembolsar a quantia de R$ 4,70. O último reajuste autorizado em Guarulhos ocorreu em 20 de janeiro do ano passado, quando as tarifas passaram de R$ 3,80 para R$ 4,15, um reajuste 50% menor que aquele autorizado pelo governo anterior e que chegou a elevar as passagens para R$ 4,50 no final de 2016.
O governo municipal alega que no mesmo período, o valor do óleo diesel, um dos principais insumos de interferência direta nos valores do transporte público, sofreu aumento de 6,82%. Ela também ressalta que o novo formato tem como objetivo reduzir a circulação de dinheiro dentro dos coletivos, o que segundo a Administração Pública, aumenta a segurança de passageiros e motoristas.
De acordo com as planilhas apresentadas pelas empresas de ônibus que operam o sistema de transportes em Guarulhos ao Conselho Municipal de Transportes e Trânsito (CMTT) no final de 2017, o valor da tarifa na cidade, sem a necessidade da Prefeitura pagar subsídios, deveria ser de R$ 5,05. Com a tarifa a R$ 4,15 (valor atual), o município precisaria desembolsar até o final deste ano R$ 72 milhões em subsídios.
A proposta adotada pelo prefeito Guti (PSB) para cobrança da tarifa foi motivo para uma ação popular. No entanto, a contestação foi rejeitada pelo Ministério Público Estadual (MPE), através do promotor Ricardo Manuel Castro.
Antônio Boaventura
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Foto: Ivanildo Porto