Pouco mais de 250 mil eleitores deixaram de comparecer às zonas e postos eleitorais para fazer o cadastramento biométrico. Este cenário deixou os políticos da cidade preocupados com a possibilidade de perda destes votos, e querem que o Tribunal Regional Eleitoral (TRE-SP) reveja seu posicionamento quanto à extensão do prazo.
“Para essa eleição ficou muito complicado. Os partidos terão de avaliar esta situação. Poderia não ter eleição com biometria neste ano. Tem que considerar que da forma que foi feita, entendo que a maioria que ficou sem fazer são pessoas da periferia e com difícil acesso a informação”, apontou o líder do governo na Câmara, Eduardo Carneiro (PSB).
Carneiro também ressaltou que o fato de o cadastro ser realizado, inicialmente, por meio de agendamento pela internet afastou o eleitor do processo. O prazo se encerrou na última sexta-feira (23) e contabilizou 692.678 dos 943.265 eleitores que o município possui. Ou seja, quase 27% ainda precisam fazer a regularização do título de eleitor para terem condições de votar no pleito marcado para acontecer em outubro deste ano.
“O impacto é muito grande e significa mais de 25% dos eleitores. Se considerar votos nulos e brancos é muito grande o impacto. Deveria ter uma alternativa. Acho que o fato de ter feito só com agendamento assustou e acho que muitos não vão regularizar”, concluiu.
O presidente da Câmara, Eduardo Soltur (PSD), protocolou um ofício ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE) de São Paulo solicitando a prorrogação do prazo para cadastramento biométrico no município de Guarulhos, ou a possibilidade de manutenção do título atual nas próximas eleições.
Antônio Boaventura
Foto: Ivanildo Porto