O farmacêutico Renato Matroni, 38, criou um abaixo-assinado em uma página na internet (https://bit.ly/2jorTSE), com o objetivo de chegar a 15 mil assinaturas, alegando que Guarulhos carece de atendimento oncológico especializado para os pacientes que tem câncer. A página criada na semana passada, já ultrapassou as 1.300 assinaturas.
“No Hospital Geral de Guarulhos, a parte do tratamento de câncer que é custeada pela rede Hebe Camargo, trata apenas a doença na região da cabeça, pescoço e mama”, afirmou Matroni, que criou a página após ver o amigo Antônio Lopes Marinho, 60, aposentado, ter dificuldades para conseguir o tratamento de câncer no intestino na cidade, sendo encaminhado para conseguir internação no Hospital AC Camargo.
A reportagem do HOJE questionou a Secretaria Municipal da Saúde, que informou ter como o hospital de referência oncológica em Guarulhos o HGG, que é custeado pelo Governo do Estado e estaria ampliando o serviço ano a ano, porém, questionada sobre a dificuldade no tratamento na cidade, a secretaria solicitou que fosse realizado o contato com a Secretaria Estadual de Saúde.
Já a Secretaria de Saúde do Estado afirmou que o nome do paciente citado pela reportagem não consta no cadastro da regulação oncológica, que auxilia no encaminhamento dos pacientes com câncer para tratamentos em serviços de referência, que integram a Rede Hebe Camargo de Combate ao Câncer. O atendimento oncológico pelo SUS é custeado pelo Ministério da Saúde, responsável pelo credenciamento e habilitação de serviços, segundo a saúde do Estado.
A secretaria também esclareceu que o HGG realiza mensalmente mais de mil consultas, recebendo cerca de 950 sessões de quimioterapia e mais de 1,8 mil sessões de radioterapia, além de cirurgias. “Não procede a informação de que não é ofertado atendimento para pacientes com câncer intestinal. A região do Alto Tietê, especificamente, conta com serviços oncológicos de referência no Hospital Geral de Guarulhos e no Hospital das Clínicas Luzia de Pinho Melo, em Mogi das Cruzes. O HGG conta com cirurgia oncológica do aparelho digestivo (o que inclui intestino, colon e outros), ginecológico, mastologia, e cabeça e pescoço”.
Reportagem: Ulisses Carvalho
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Foto: Ivanildo Porto