Além do projeto “Escola Sem Partido”, a sessão desta quinta-feira (10) da Câmara Municipal também deve discutir a ampliação do aterro sanitário CDR Pedreira, propriedade particular que pertence ao grupo francês Veolia, localizado na região do Cabuçu.
O grupo também controla a Proactiva Meio Ambiente Brasil Ltda., empresa responsável pelo aterro sanitário do município desde os primeiros dias do mês de dezembro do ano passado.
Na última sessão, moradores da região do Cabuçu protestaram contra a ampliação e prometem retomar o manifesto nesta quinta-feira.
O líder do governo na Câmara, vereador Eduardo Carneiro (PSB), disse que deverá promover uma audiência pública para debater não só a ampliação do aterro sanitário particular e o que pertence ao município.
“O governo Guti nos pediu para pilotar junto com a comissão de Meio Ambiente, presidida pelo vereador Wesley Casa Forte (PSB), que realizasse uma audiência pública o mais rápido possível para tratar deste tema extremamente polêmico. Nós temos que começar a pensar rápido nesta discussão”, disse Carneiro.
O Instituto Brasileiro de Proteção Ambiental aponta que a proposta de ampliação realizada pela administração do CDR Pedreira, que tem sua vida útil esgotada, pode prejudicar as operações aeroportuárias do Aeroporto Internacional de Guarulhos-São Paulo, em Cumbica. De acordo com o instituto, o projeto apresentado deixa o aterro a uma distância inferior a 20 quilômetros do cone de aproximação das aeronaves, situação esta não permitida pela legislação aeroportuária.
Antônio Boaventura
Foto: Ivanildo Porto