Por falta de tempo para organizar a estrutura necessária, a Câmara Municipal não permitiu a realização da audiência pública para discutir a situação do aterro sanitário CDR Pedreira e o municipal, que estão sob a gestão do grupo francês Veolia, por meio da empresa Proactiva Meio Ambiente Brasil.
O pedido para reserva do espaço para a realização da audiência, que aconteceria na noite desta segunda-feira (14) foi realizado pelo vereador Wesley Casa Forte (PSB), presidente da comissão de Meio Ambiente do Legislativo, que não foi atendido por conta do curto prazo para convocação dos profissionais necessários. Não há uma nova data prevista para a realização da referida audiência.
De acordo com Jefferson Pereira, representante da Frente do Meio Ambiente de Guarulhos, a ampliação do aterro sanitário particular administrado pelo grupo Veolia não está previsto no Plano de Resíduos Sólidos do município.
“De acordo com o plano de resíduo sólido não prevê a ampliação do aterro CDR. Já tivemos o Rodoanel, que trouxe impactos negativos, e teremos, em breve, o Ferroanel. Não é o lixo de Guarulhos, mas o de outras cidades da Grande São Paulo e vai durar 9 anos e 7 meses. E tem a distância do aeroporto que tem de ser de 20 quilômetros e com a ampliação será de 8 quilômetros”, explicou Pereira.
O representante do movimento ressalta que os impactos podem degradar a região Cabuçu, que é considerada, em partes, Área de Proteção Ambiental (APA). Outro ponto destacado por ele é a distância que aquele ativo estará das áreas residenciais.
“Circulam mais de 1.000 veículos por dia no CDR eles alegam que a área está degradada. Estão ao lado de uma área de manancial que fornece os 13% da água utilizada na cidade. E tem a distância de núcleos populacionais que prevê 500 metros e lá terá 100”, concluiu.
Antônio Boaventura
antonio.boaventura@guarulhoshoje.com.br
Foto: Ivanildo Porto