A mãe Andressa Tatiana dos Santos, 31, moradora do bairro Ponte Alta, alega que a filha L. S.C, de apenas cinco anos, aguarda por dois exames médicos, fralda descartável e o suplemento alimentar desde o mês de janeiro. De acordo com Andressa, a filha já sofreu cinco Acidente Vascular Cerebral (AVC), o que ocasionou na paralisação de todos os movimentos no lado esquerdo do corpo.
“Desde janeiro estou em uma briga no posto de saúde em busca de dois exames, fralda e suplemento”, afirmou a mãe destacando que o descaso ocorre na Unidade Básica de Saúde (UBS) Ponte Alta, localizada na rua São Paulo, s/n, no bairro Jardim Ponte Alta. Segundo Tatiana, a filha nasceu com anemia falciforme, uma doença que diminui a capacidade de transportar oxigênio para as células do corpo, ocasionando em dores generalizadas, além de fraqueza e infecções frequentes.
Os exames que a criança estaria aguardando desde o mês de janeiro são uma ressonância magnética com contraste e sedação e um exame na região da cabeça, um encefalograma. “Eles alegam que não tem vaga e não tem encaixe”, afirmou a mãe, que também precisa de uma fisioterapeuta para a filha, destacando que a neurologista do Hospital Municipal da Criança e do Adolescente (HMCA), teria alertado que não tem como realizar um diagnóstico sem a realização dos exames.
“A neurologista só disse que tudo leva a crer que o cérebro dela estaria atrofiando”, revelou a mãe. Os casos de AVC da criança teriam começado aos quatro anos, quando teve o primeiro após um susto com fogos de artificio, segundo Tatiana.
Secretária da Saúde afirma que pedidos de exames foram solicitados somente em março
A Secretaria da Saúde afirmou que relacionado aos pedidos de exame, só foram solicitados no dia 21 de março na UBS, sendo que o eletroencefalograma já está agendado para o próximo dia 8. “A ressonância magnética com sedação, por se tratar de um exame que não é realizado nos hospitais municipais, a Secretaria de Saúde está em tentando captar a vaga junto aos hospitais estaduais. Por fim, informa que também está em processo de liberação o tratamento de fisioterapia”.
Quanto a solicitação da entrega de fraldas e do suplemento alimentar, a secretaria afirmou que recebeu a solicitação para a entrega em fevereiro, quando realizou a entrega de quatro latas de alimentação em caráter provisório e já deu inicio ao processo de cadastramento para liberação.
“Ocorre que a paciente foi internada logo em seguida por um longo período e o protocolo para a liberação da dieta exige a visita domiciliar de um nutricionista, o que atrasou o trâmite. Contudo, as fraldas já estão liberadas para a retirada e o processo para a entrega da alimentação Fortini encontra-se em fase de conclusão, devendo ser disponibilizada nos próximos dias”.
Reportagem: Ulisses Carvalho
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