A gestão dos aterros sanitários da cidade foi o tema de discussão entre os vereadores na sessão desta terça-feira (22). No entanto, a Câmara Municipal deliberou a proposta elaborada pelos vereadores petistas Edmilson Souza e José Luiz que proíbe a instalação de aterros na região do Cabuçu.
A proposta segue para avaliação das comissões permanentes do Legislativo, incluindo a do Meio Ambiente presidida pelo vereador Wesley Casa Forte (PSB). Entretanto, está previsto para acontecer no dia 11 do próximo mês audiência pública para discutir a gestão do aterro sanitário CDR Pedreira, que pertence ao Grupo francês Veolia, também gestor do aterro municipal.
“Guarulhos não pode ser reconhecida como a cidade do aterro sanitário. Situação que a gente percebe que está sendo feita no aterro sanitário do Cabuçu sem qualquer discussão com a população da região. A gente percebe que a Prefeitura erra trazer este ativo nestes moldes. No estado de São Paulo existem usinas que transformam lixo em energia elétrica”, declarou o vereador Eduardo Barreto (PCdoB).
O grupo francês afirmou que pretende ampliar a vida útil do aterro sanitário CDR Pedreira, que está próximo de seu esgotamento total, em 10 anos. A empresa, que também administra o ativo municipal por meio da Proactiva Meio Ambiente Brasil, descartou a possibilidade de promover desapropriações na região do Cabuçu para executar esta ação.
“Não é um novo aterro, mas um aumento daquilo que já existe. Tem medidas mitigadoras e fiscais de extrema importância para o município. A empresa vai apresentar os aspectos favoráveis e desfavoráveis daquele aterro. Acho perfeito a discussão, agora não vou me antecipar, mas vejo muitos benefícios”, disse o líder do governo, vereador Eduardo Carneiro (PSB).
Antônio Boaventura
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Foto: Alexandre Sone