Mesmo que de forma tímida, alguns postos da cidade começaram a receber combustíveis nesta terça-feira (29). Entretanto, não há prazo para que a situação seja totalmente normalizada. Os motoristas formaram filas quilométricas para abastecer seus veículos no 9º dia da greve dos caminhoneiros.
De acordo com informações de funcionários dos postos que receberam gasolina comum, etanol e diesel, não houve possibilidade de atender a todos os consumidores que estavam aguardando na fila pela baixa quantidade dos produtos. Em média, cada um deles recebeu 25 mil litros distribuídos entre as especificidades de cada combustível.
“Conheço o pessoal do posto e me avisaram que iria chegar um caminhão, e corri pra cá para abastecer. Está complicado, mas preciso do combustível para fazer as minhas entregas”, disse o motoboy Cristiano Silva, 29 anos.
O etanol nestes estabelecimentos que estava sendo vendido, em média, por R$ 2,39 antes da paralisação dos caminhoneiros, passou a custar R$ 2,97. Já a gasolina comum que antes custava R$ 4,09 chegou às bombas por R$ 4,57. Mas nem mesmo este aumento foi capaz de tirar o ânimo do consumidor em abastecer seus veículos.
“Já é um milagre nesta situação a gente encontrar um lugar que tenha combustível para a gente comprar. Preciso da gasolina para trabalhar. Sem ele não consigo pagar as contas. Tive até de certa forma sorte por que cheguei ás 11h e estou sendo atendido agora [14h30]”, comemorou o assistente comercial Paulo Fonseca, 39.
Antônio Boaventura
Foto: Ivanildo Porto