Com um déficit anual aproximado de R$ 90 milhões, a Progresso e Desenvolvimento de Guarulhos (Proguaru) tem como principal meta para o ano seguinte a reestruturação da empresa de capital misto para que ela possa voltar a atender grandes projetos em plenas condições de executar sem que haja qualquer prejuízo. O orçamento previsto para o exercício de 2019 é de aproximadamente R$ 142 milhões.
Segundo Joel Rodrigues dos Santos, diretor técnico da empresa, o custo médio mensal é de cerca de R$ 19 milhões. Ou seja, a Proguaru precisa de quase R$ 230 milhões por ano. Contudo, caso seja aprovado o orçamento de R$ 142 milhões, a empresa pode encerrar o ano de 2019 com um déficit de R$ 86 milhões. Atualmente ela conta com 4 mil funcionários.
“A nossa prioridade é continuar enxugando e tentar otimizar com as equipes que nós temos. Nós estamos recusando serviços que nos trariam prejuízos. Tudo que o governo não conseguia fazer, a Proguaru acabava finalizando, e nessa gestão do prefeito Guti (PSB) isso tem mudado. O nosso processo é de reestruturação”, explicou Santos.
Mesmo diante deste quadro, a Proguaru conseguiu obter a sua Certidão Negativa de Débitos (CND), em função da renegociação de sua dívida de R$ 42 milhões com o governo do estado, que cobrava o repasse do Imposto Sobre Serviços (ISS) e o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). A dívida foi parcelada em 120 meses à um custo de R$ 350 mil cada.
“Já fizemos alguns pagamentos da dívida [nove parcelas de aproximadamente R$ 850 mil reais]. Os parcelamentos consomem em média até 10% do orçamento e com os impostos chega a 30%”, concluiu.
Antônio Boaventura
antonio.boaventura@guarulhoshoje.com.br
Foto: Ivanildo Porto