A Secretaria de Administração Penitenciária de São Paulo (SAP) informou, com exclusividade ao HOJE, que o número de apreensão de celulares nas celas e fora delas nos cinco presídios de Guarulhos apresentou queda de 39% nos primeiros quatro meses deste ano em relação ao mesmo período de 2017. A população carcerária da cidade é de aproximadamente 8 mil detentos.
O presídio José Parada Neto foi o que registrou o maior número de apreensões com 127 de aparelhos celulares em 2017 e outros 46 neste ano. Guarulhos conta com os Centros de Detenção Provisória I e II, além das Penitenciárias I – feminina -, e II, todas na estrutura do José Parada Neto e a Penitenciária III – Desembargador Adriano Marrey.
Entre janeiro e abril do ano passado foram apreendidos 229 aparelhos celulares, contra 139 neste ano. Segundo a SAP, a maior incidência de apreensões ocorre fora da cela. No ano passado, os agentes evitaram a entrada de 104 celulares. Já neste ano, este número foi reduzido em 50%.
Desde agosto, os presídios de Guarulhos passaram a receber body scanners, com investimentos de R$ 45,3 mil. Com esses aparelhos, é possível revistar os visitantes a partir das imagens geradas pelo equipamento, identificando drogas e celulares de maneira rápida e eficiente.
Todos os presos que são surpreendidos com drogas ou celulares respondem criminalmente, além de sofrer sanções disciplinares, e perdem os benefícios conquistados durante o cumprimento da pena. Cada caso é comunicado ao Juízo da Vara de Execuções Criminais.
Quanto às visitas flagradas com drogas ou celulares, elas são automaticamente retiradas do rol de visita e são autuadas em flagrantes. Os agentes penitenciários nesta situação são demitidos e autuados em flagrante.
Antônio Boaventura
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Foto: Ivanildo Porto