Apesar da proliferação do escorpião em regiões da cidade como Parque Continental, Vila Galvão, Vila Augusta, Jardim Ponte Alta e Jardim Santa Paula, a prefeitura revelou que neste ano foram capturados apenas 17 animais de espécies variadas. Moradores dos bairros Flor da Montanha, Jardim Maia e Vila Barros também apontam a presença deste aracnídeo em suas vias.
Entretanto, a administração pública alega que encontra dificuldades para combater o crescimento de sua população por conta de seus hábitos, já que os mesmos costumam a deixar o seu habitat no período noturno. Contudo, a prefeitura não revelou quais são os métodos adotados para impedir o avanço do escorpião nestas áreas. De janeiro deste ano até o momento foram capturados 17 animais.
O período de maior incidência deste aracnídeo é o verão por serem meses mais quentes e chuvosos. Nesta época, o solo fica úmido, ocorrendo assim o desalojamento. Também são meses de reprodução e com maior oferta de alimento. O governo municipal, através da secretaria de Saúde, afirma que os bairros Parque Continental, Vila Galvão, Vila Augusta, Jardim Ponte Alta e Jardim Santa Paula são aqueles com maior presença de escorpião.
De acordo com o Biólogo Giuseppe Puorto, nas grandes cidades a espécie mais perigosa é o escorpião amarelo, que se reproduz por partenogênese (ou seja, a fêmea se reproduz sozinha). E que a melhor maneira de evitar a visita desses aracnídeos é manter os lugares limpos, livres de entulhos. Os escorpiões se alimentam de baratas, que são insetos domésticos. Eles invadem as casas atrás das baratas e depois acabam também buscando espaços para se alojar.
O Centro de Controle de Zoonoses recomenda que a população adote medidas preventivas em áreas externas e internas como manter limpos os quintais, jardins e terrenos, evitar acúmulo de folhagens, entulho, lixo e objetos sem uso que podem servir de abrigo para escorpiões, além de manter terrenos sempre limpos no espaço de dois metros próximos aos muros. E eliminar frestas e buracos nas paredes, portas e janelas, por meio da vedação com rodos de borracha, rolos de areia, uso de argamassa, conforme a possibilidade.
Antônio Boaventura
antonio.boaventura@guarulhoshoje.com.br
Foto: Toninho Tavares/Agência Brasília