Quem mora nos bairros Jardim Maia, Jardim Flor da Montanha e Vila Barros passaram a conviver com um novo vizinho: o escorpião. Moradores destas regiões apontam o crescimento no aparecimento deste animal nos últimos meses. É possível encontrar, segundo relato dos moradores, as espécies amarela, a mais perigosa entre elas, e a marrom, nestas áreas.
“Trabalho há 19 anos neste local [região do Jardim Maia] e parece não ter jeito de acabar com os escorpiões aqui. Já presenciei muitos deles até em fios elétricos. Eles são muitos. Algumas casas desta rua [avenida Dr. Carlos de Campos] é possível encontrar todos os dias”, disse Jaílson Gonçalves, 55 anos, segurança particular.
De acordo com Gonçalves, agentes do Centro de Controle de Zoonoses comparecem ao local, mas apenas utilizam medidas paliativas para amenizar a infestação ao invés de soluções para combater o crescimento de sua população. “Eles até vêm aqui, mas apenas levam algumas unidades como amostra para análise. A última vez que vieram foi há quase quatro meses”, declarou.
Já Denise Barros, moradora do Jardim Maia, afirma que a proliferação de escorpiões não é exclusividade somente daquele bairro. Ela revelou que é possível encontra-los também nos bairros Jardim Flor da Montanha e Vila Barros.
De acordo com o biólogo Giuseppe Puorto, nas grandes cidades a espécie mais perigosa é o escorpião amarelo (Tityus serrulatus), que se reproduz por partenogênese (ou seja, a fêmea se reproduz sozinha). E que a melhor maneira de evitar a visita desses aracnídeos é manter os lugares limpos, livres de entulhos. Os escorpiões se alimentam de baratas, que são insetos domésticos. Eles invadem as casas atrás das baratas e depois acabam também buscando espaços para se alojar.
O HOJE procurou a prefeitura, por meio da Secretaria de Saúde para esclarecimentos sobre os procedimentos adotados no combate aos escorpiões, mas não obteve resposta.
Antônio Boaventura
Foto: Ivanildo Porto