A Prefeitura de Guarulhos e a organização social (OS) Instituto Gerir decidiram rescindir o contrato para a administração do Hospital Municipal de Urgências (HMU), Hospital Municipal da Criança e do Adolescente (HMCA) e da Políclinica Paraventi. O problema é que a OS deixou a administração dos serviços devendo três meses de salários aos médicos, referentes aos meses de maio, junho e julho, segundo denúncias recebidas pelo Sindicato dos Médicos de São Paulo (Simesp).
A partir de ontem, dia 23 de agosto, o HMU passou a ser administrado pela Santa Casa de Birigui, o HMCA pelo Instituto de Desenvolvimento de Gestão, Tecnologia e Pesquisa em Saúde e Assistência Social (IDGT) e a Paraventi volta para a administração da prefeitura, fragmentando ainda mais a gestão dos serviços. “A prefeitura tomou uma atitude falha em terceirizar o serviço e agora não consegue honrar com isso, o que demonstra que o modelo é equivocado e falido”, pontua Eder Gatti, presidente do Simesp.
De acordo com reportagem da Rede Globo, a prefeitura alegou ter feito o repasse das verbas e rompeu o contrato com a Gerir em razão de inconsistências no atendimento prestado à população e o Instituto Gerir decidiu abrir não de administrar os serviços por não suportar mais os prejuízos. “O salário é um direito dos profissionais e o Simesp não admitirá que as obrigações dos empregadores não sejam cumpridas.
Independentemente dos intermediários, o bom funcionamento da rede de saúde é responsabilidade da prefeitura, que deveria resolver a situação”, explica Gatti e completa: “A saúde de Guarulhos está dando sinais de falência, a população sente falta da assistência e a responsabilidade é do prefeito Gustavo Henric Costa (Guti)”.
Foto: Ivanildo Porto