No encontro desta terça-feira (4) da Comissão Especial de Inquérito (CEI) da Câmara Municipal que investiga a postura e conduta do GRU Airport em relação à legislação municipal, representantes da Polícia Rodoviária Federal (PRF) confirmaram a decisão em fechar o acesso ao aeroporto pela ponte do rio Baquirivu-Guaçú por conta do alto fluxo de veículos no local.
“Foi decisão conjunta [com o GRU Airport]. Nossa função é primar pela segurança viária. Houve algum tipo de seleção de controle de acesso – origem e acesso ao aeroporto para utilização daquela ponte. Em razão das obras do Terminal 3 e do edifício garagem aquilo foi alocado um canteiro de obra pela concessionária e foi fechado por uma questão de segurança”, disse o inspetor Celso Fernandez, chefe substituto da PRF.
Outro aspecto destacado foi a condição estrutural da ponte em suportar o fluxo de veículos. Segundo a polícia, o GRU Airport, concessionária responsável pela gestão do Aeroporto Internacional de São Paulo–Guarulhos, em Cumbica, realizou um estudo, sem revelar o período de produção deste, que apontou o tráfego de 17 mil veículos por dia, o que inviabilizou a manutenção do acesso aberto para carros e similares.
“Foi feito uma análise após a Copa do Mundo sobre a mobilidade e o fluxo de todo o aeroporto. A questão da utilização da ponte como viário municipal é um improviso. Naquele momento não era viável por todo investimento que seria feito. Hoje, com dados comparativos do volume diário a sua abertura irrestrita impactava em 17 mil veículos somente manhã e tarde. A PRF optou pela não abertura pelo fluxo sem origem e destino”, explicou Fernandez.
Antônio Boaventura
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Foto: Ivanildo Porto