O prefeito Guti (PSB) revelou em encontro da Comissão Especial de Inquérito (CEI) da Câmara Municipal, que investiga a conduta e postura do GRU Airport, gestora responsável pelo Aeroporto Internacional de São Paulo–Guarulhos, em Cumbica, que o valor cobrado pelo Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) da área de sete milhões de metros quadrados que compreende a zona aeroportuária é de aproximadamente R$ 40 milhões.
“Isso impacta em 40 milhões de reais anuais de IPTU. Eles estão recorrendo de forma administrativa, e, sendo negado esse pedido, nós acreditamos que eles judicializarão. Agora é aguardar para que a gente consiga de fato ter esse IPTU sendo pago”, disse Guti.
De acordo com o chefe do Executivo, a cobrança do imposto pode ser feita de forma retroativa pelos últimos cinco anos, o que resultaria em mais de R$ 120 milhões aos cofres do município. Também destacou que, caso este montante seja pago pela concessionária, deve ser empreendido na melhoria da infraestrutura da cidade.
“É um dinheiro extremamente necessário para o município, onde poderíamos utilizá-lo em muitas obras importantes de infraestrutura para a cidade, que a gente não pode abrir mão e vamos lutar até a última consequência”, observou.
O presidente da comissão, vereador Marcelo Seminaldo (PT), afirma que irá avaliar a legislação municipal vigente que trata de assuntos envolvendo o aeroporto, além de se demonstrar surpreso com a ausência de pagamentos de impostos por parte da administradora.
“Para nós foi surpresa, porque qualquer cidadão de Guarulhos paga IPTU, qualquer empresário para desenvolver sua atividade comercial na cidade também paga, e a GRU Airport [está] sem pagar um real de IPTU”, mostrou-se indignado.
Antônio Boaventura
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Foto: Ivanildo Porto