Na última sexta-feira (21) aconteceu o encerramento do curso para os guardas civis municipais (GCMs) que farão parte da Patrulha Maria da Penha, promovido pela Secretaria de Assuntos para Segurança Pública (SASP). A formação foi realizada na Escola de Formação e Aperfeiçoamento, antecedendo o convênio e o início do curso preparatório oferecido pelo Ministério Público do Estado de São Paulo – MPESP, necessário para que os guardas possam atuar na área.
Depois de finalizar esse processo, o grupo iniciará a atividade na cidade nos casos de violência doméstica, quando do estabelecimento das medidas protetivas previstas pela Lei Maria da Penha, de modo a acompanhar as vítimas dando suporte, bem como, fiscalizando para que o autor da violência não descumpra a ordem do Judiciário. Esse será mais um serviço oferecido pela GCM à população.
O secretário Gilvan Passos (SASP) fez questão de salientar que a boa formação dos profissionais para mais esta atividade, faz parte de um conjunto de medidas do governo municipal para o bem da comunidade guarulhense. Já o comandante Messias falou que a SASP, por meio da GCM, não mediu esforços para viabilizar o curso para a Patrulha. “Nosso objetivo com o curso foi deixar o profissional mais capacitado e preparado possível para os atendimentos que terão no dia a dia”, frisou.
Capacitação
O curso realizado durante a semana passada tratou de assuntos como a valorização do serviço da Patrulha Maria da Penha e o atendimento no sistema judicial, entre outros temas que os GCMs deverão vivenciar no dia a dia.
A Dra Luciana Lopes, da Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) de Guarulhos, falou sobre o trâmite, que começa com a chegada da vítima sozinha ou conduzida por parentes, polícia militar, GCM, ou por redes de apoio como a Casa das Rosas, Margaridas e Beths ou a Asbrad. “No caso de lesão corporal é elaborado um boletim de ocorrência, expedida requisição para fazer o corpo de delito e é instaurado inquérito policial, independente da vítima ter interesse ou não, a ação prossegue. Já no caso de ameaça é registrado boletim de ocorrência e, se a vitima quiser representar tem de instaurar o inquérito policial”, salienta.
Já a Dra Renata Cruppi, da Delegacia da Mulher de Diadema, ressaltou que existe um protocolo de atendimento para todas as Delegacias de Proteção da Mulher. “A pessoa nos procura e fazemos o levantamento dos fatos para sabermos se a mulher está em situação de risco ou se possui medida protetiva ou não. Acionamos as redes de apoio e utilizamos todos os serviços do município ou do Estado se for necessário”, finalizou.
A ação foi possível graças ao esforço conjunto dos inspetores José Aparecido Vitor e Elza Souza; da defensora pública Janete Aparecida da Silva; da psicóloga Ana Carolina, do Núcleo de Promoção e Defesa da Mulher; da assistente social Ivanda Maria Sobrinho, da Casa das Rosas, Margaridas e Beths; da psicóloga da GCM, Cristina Rodrigues; e do instrutor tático Arlindo Oscar Rufino; e das delegadas Dra Luciana Lopes e Dra Renata Cruppi. Todos colaboraram com a ação de forma gratuita, passando sua experiência para ajudar no trabalho dos GCMs.
Foto: Divulgação