Antônio Boaventura
Depois de investigar possíveis irregularidades no processo de fiscalização dos estabelecimentos comerciais e da abertura do acesso ao Aeroporto Internacional de São Paulo–Guarulhos, em Cumbica, pela ponte do rio Baquirivu – Guaçu, a Comissão Especial de Inquérito (CEI), da Câmara Municipal, irá analisar a parte tributária do GRU Airport, gestora responsável pelo aeroporto.
“Vamos analisar a parte tributária da GRU Airport, o imposto que ela deve para o município e por que não paga. No entendimento da comissão, o fechamento [da ponte] é irregular e vamos encaminhar ao Ministério Público para providências”, explicou o presidente da CEI, vereador Marcelo Seminaldo.
Em um dos encontros com integrantes da comissão, o prefeito Guti (PSB) revelou que o valor cobrado pelo Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) da área de sete milhões de metros quadrados que compreende a zona aeroportuária é de aproximadamente R$ 40 milhões.
“Isso impacta em 40 milhões de reais anuais de IPTU. Eles estão recorrendo de forma administrativa, e, sendo negado esse pedido, nós acreditamos que eles judicializarão. Agora é aguardar para que a gente consiga de fato ter esse IPTU sendo pago”, disse Guti.
De acordo com o chefe do Executivo, a cobrança do imposto pode ser feita de forma retroativa pelos últimos cinco anos, o que resultaria em mais de R$ 120 milhões aos cofres do município. Também destacou que, caso este montante seja pago pela concessionária, deve ser empreendido na melhoria da infraestrutura da cidade.
