Saúde reforça importância da vacina contra febre amarela antes de viagens para o litoral

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Paulistas ainda não imunizados contra a febre amarela devem se vacinar antes de viajar para o Litoral Norte e para a Baixada Santista. O alerta da Secretaria de Estado da Saúde visa garantir que os visitantes da região estejam protegidos.

A vacina deve ser tomada com dez dias de antecedência para garantir proteção efetiva. Portanto, aqueles que pretendem passar os feriados de novembro – Finados (2), Proclamação da República (15) e Dia da Consciência Negra (20) – em cidades como Caraguatuba, São Sebastião e Ilhabela –, devem avaliar e/ou atualizar sua situação vacinal até a próxima semana.

A orientação também vale para os moradores de ambas as regiões. Os municípios do litoral vêm intensificando as ações de imunização no decorrer do ano, para aumentar a cobertura vacinal.

Todo o território paulista já tem recomendação da vacina, devido a circulação do vírus. No Litoral Norte, a cobertura vacinal é superior a 85% e de 55% na Baixada. Ainda assim, moradores de outras localidades do Estado precisam estar vacinados antes de se deslocarem para essas áreas. A vacina é disponibilizada nos postos de vacinação em todo o território paulista.

“A imunização é a principal forma de proteger a população contra a febre amarela. Por isso, é imprescindível que todas as pessoas ainda não imunizadas”, alerta a diretora de Imunização da Secretaria, Helena Sato.

Devem consultar o médico sobre a necessidade da vacina os portadores de HIV positivo, pacientes com tratamento quimioterápico concluído e transplantados. Não há indicação de imunização para grávidas, mulheres amamentando crianças com até 6 meses e imunodeprimidos, como pacientes em tratamento quimioterápico, radioterápico ou com corticóides em doses elevadas (como por exemplo Lúpus e Artrite Reumatoide). Em caso de dúvida, é fundamental consultar o médico.

Em 2018, mais de 8 milhões de pessoas já foram vacinadas contra febre amarela. O número ultrapassa a marca da vacinação no decorrer de 2017, quando 7,4 milhões de doses foram aplicadas, e é também superior à vacinação na década anterior – 7 milhões de pessoas foram imunizadas entre 2006 e 2016.

Balanços

Desde a segunda semana de maio de 2018, não há confirmação de novos casos autóctones de febre amarelas em humanos, em SP.

Em 2018, até 18 de setembro, houve 502 casos autóctones de febre amarela silvestre confirmados no Estado e 178 deles evoluíram para óbitos. Do total, 30,2% das infecções por febre amarela foram contraídas em Mairiporã e 9,5% em Atibaia. Essas duas cidades respondem por 39,7% dos casos de febre amarela silvestre no Estado, e já têm ações de vacinação em curso desde 2017.

Entre o total de casos, 14 ocorreram no Litoral Norte, dos quais 5 evoluíram para óbito – São Sebastião (3 casos e 2 óbitos) e Ubatuba (11 casos e 3 óbitos). Na Baixada, foram 4 casos e 3 óbitos – Guarujá (1 caso e 1 óbito), Itanhaém (1 caso e 1 óbito) e Peruíbe (2 casos e 1 óbito).

Com relação às epizootias, neste ano, 256 macacos tiveram confirmação da doença. A região com maior concentração é a Grande São Paulo, com cerca de metade dos casos. Desse total, 2 casos envolvendo macacos ocorreram na Baixada Santista, e 32 casos ocorreram na região do Vale do Paraíba e Litoral Norte.

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