Com 11 casos suspeitos e sob investigação de febre amarela silvestre notificados somente no segundo semestre deste ano e a evidência da circulação do vírus no litoral norte de São Paulo, a Secretaria de Saúde faz um alerta: todas as pessoas que forem viajar para a praia ou regiões de mata neste verão ou nos feriados prolongados do próximo mês (Finados e Proclamação da República) devem se vacinar com pelo menos 10 dias de antecedência.
O alerta se deve à experiência do ano passado quando 61 moradores de Guarulhos tiveram febre amarela silvestre nessa época de verão, sendo 40 casos importados (contraídos em outros municípios), com 30 óbitos. Além disso, a Secretaria de Saúde chama a atenção da população para a adoção das medidas de controle do Aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue, chikungunya e zika vírus, doenças que também aumentam com a chegada dos dias quentes e úmidos.
Agentes de Saúde estão intensificando as visitas domiciliares, além de realizar bloqueios de criadouros e levantamento da densidade larvária do município. No entanto, é fundamental que a população faça sua parte, com vistorias rotineiras em sua casa para identificar e eliminar todo e qualquer recipiente que possa acumular água limpa e parada, como, por exemplo, vasos de plantas, bandeja de geladeira, calhas, ralos e vasos sanitários pouco utilizados, que devem ser vedados ou tratados com produtos químicos, tais como sabão em pó e desinfetante.
Além dessas ações na comunidade, a Secretaria de Saúde deu início nesta terça-feira (23), no CEU Presidente Dutra, a uma nova capacitação de enfermeiros e gerentes de Unidades Básicas de Saúde (UBS), para a identificação de casos suspeitos em seus territórios, organização do fluxo de atendimento nas UBS e medidas de controle vetorial. A iniciativa se estenderá para as demais regiões de Saúde, abrangendo também médicos e outros profissionais da área.
De janeiro até agora foram confirmados na cidade 74 casos de dengue, sendo 71 autóctones (contraídos em Guarulhos) e três importados de outros locais, com um óbito. Além disso, foram registrados seis casos de chikungunya (quatro autóctones e dois importados).