Antônio Boaventura
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Grande parte dos moradores afetados pelo incêndio que atingiu a comunidade Brasilândia, localizada no bairro Itapegica no final da tarde desta terça-feira (30), não quer deixar o local e, esperançosos, acredita que possam reconstruir o que foi destruído pelas chamas. Segundo informações, um curto circuito provocou a tragédia que destruiu, ao menos, 30 barracos e deixou mais de 100 pessoas desabrigadas.
“Não queremos sair daqui. Este é o nosso lugar. Perdi muita coisa, mas tenho a esperança de que possa montar novamente a minha casa, e por isso estou aqui olhando para o que sobrou”, disse Marina Silva, 27 anos, que reside na comunidade há mais de 10 anos.
O prefeito Guti (PSB) esteve no local horas após o incêndio ter início e ofertou ajuda do município no processo de abrigo das vítimas.
“Eles [representantes da prefeitura] disseram que iriam fazer um cadastro, mas não explicaram de forma clara. Não queremos ir para nenhum galpão e nem albergue. Quero voltar a ter minha casa”, disse Fabiana Nascimento, 33 anos, que mora naquele local há 13 anos.
A gestão Guti informou que equipes estão realizando o cadastramento para programas sociais, como o Bolsa Família, e para o aluguel social, por meio do Departamento de Ação Comunitária da Secretaria de Habitação em conjunto com a Coordenadoria da Defesa Civil. A Secretaria de Desenvolvimento e Assistência Social distribuiu cestas básicas aos 110 moradores vitimados e ofereceu o café da manhã.
Contudo, a Coordenadoria da Defesa Civil disponibilizou 86 colchões e o Fundo Social de Solidariedade, travesseiros, cobertores e roupas aos desabrigados. A ONG Anjos da Madrugada ofereceu alimentação durante a noite. A retirada de escombros conta com suporte da Proguaru.
Não houve feridos. Apenas um homem aceitou ser conduzido para o Centro de Acolhimento da Prefeitura. As demais famílias se abrigaram em casas de familiares e amigos.
Foram montados dois pontos para recebimento de doações de alimentos, roupas, calçados e água às famílias desabrigadas da comunidade Brasilândia: na sede do Fundo Social de Solidariedade (alameda Tutoia, 534, Gopoúva) e na Secretaria de Desenvolvimento e Assistência Social (avenida Guarulhos, 2.200, Vila Augusta).
Foto: Ivanildo Porto