Reportagem: Ulisses Carvalho
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A cidade de Guarulhos deve deixar de contar com 28 médicos cubanos do Programa Mais Médicos a partir do mês de janeiro, quando o presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) toam posse. A decisão ocorre após o governo de Cuba informar que não irá continuar o programa, através de um comunicado no jornal estatal ‘Granma’, no qual teriam alegado “referências ameaçadoras” feitas por Bolsonaro.
Cuba envia médicos para o Brasil desde 2013, no governo de Dilma Rousseff (PT), quando os médicos foram destacados com o objetivo de atender regiões mais carentes do país. Em Guarulhos, de acordo com a Secretaria de Saúde, os médicos cubanos estão em várias regiões da cidade, como Ponte Alta, Cidade Seródio, Jardim Santa Paula, Santos Dumont, Jardim Fortaleza e Soberana.
Sobre a possível saída dos médicos na cidade, a administração municipal alegou que a solução para este caso seria a abertura de concursos públicos e contratações emergenciais de médicos para repor o quadro. Nesta terça-feira (13), a prefeitura anunciou que começou a convocar os médicos aprovados no processo seletivo, sendo 44 clínicos gerais e quatro ginecologistas, com salário de R$ 6.070,13 para jornadas de trabalho de 20 horas semanais com possibilidade de concessão de gratificações segundo critérios estabelecidos na Lei Municipal 6.820/2011.
“Condicionamos à continuidade do programa Mais Médicos a aplicação de teste de capacidade, salário integral aos profissionais cubanos, hoje maior parte destinados à ditadura, e a liberdade para trazerem suas famílias. Infelizmente, Cuba não aceitou”, escreveu o presidente Jair Bolsonaro nas redes sociais.
Embora Bolsonaro tome posse em janeiro, os cubanos ainda anunciaram a data oficial que devem deixar o programa. O presidente eleito voltou a criticar o regime cubano ao destacar sobre o programa. “Além de explorar seus cidadãos ao não pagar integralmente os salários dos profissionais, a ditadura cubana demonstra grande irresponsabilidade ao desconsiderar os impactos negativos na vida e na saúde dos brasileiros e na integridade dos cubanos”, afirmou Bolsonaro em comunicado no Twitter.
Foto: Ivanildo Porto