Reportagem:Ulisses Carvalho
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Nos dez meses deste ano foram realizados 52 sepultamentos de indigentes na cidade, de acordo com dados da administração municipal. Os indigentes são enterrados após os corpos ficarem no Instituto Médico Legal (IML), sem nenhuma identificação, seja por falta de documento ou por falta da família, que não procurou por informações a respeito do parente.
Em Guarulhos, os enterros de indigentes são realizados apenas em um cemitério, na Necrópole do Campo Santo (cemitério da Vila Rio de Janeiro), localizado na avenida Benjamin Harris Hunicutt, n° 1327, no bairro da Vila Rio de Janeiro. A prefeitura também afirmou que este tipo de sepultamento é realizado na mesma data em que o IML libera o corpo.
No ano passado, houve 55 sepultamentos desse tipo na cidade. A administração municipal não informou se os corpos são enterrados nus, apenas destacou que os enterros ocorrem normalmente, ou seja, em terra, com o caixão fechado e nas mesmas quadras que são realizadas os demais sepultamentos.
A Superintendência da Polícia Técnico-Científica (SPTC) acrescentou que por questões sanitárias, após o prazo de 72 horas, os corpos não identificados são liberados para a realização do enterro. “Antes do sepultamento é colhido material biológico para futura comparação por meio de exame de DNA”.
Desde junho de 2015 foi desenvolvido o Sistema de Buscas de Desaparecidos, pela própria SPTC, baseado no Sistema Gestor de Laudos, sendo disponibilizado para todas as unidades do IML no Estado e também para a Polícia Civil e Delegacia de Desaparecidos do DHPP. “Todos os corpos que dão entrada no Instituto Médico Legal (IML) são fotografados e as impressões digitais coletadas e enviadas para o Instituto de Identificação Ricardo Gumbleton Daunt (IIRGD). O trabalho da polícia continua com buscas na internet, hospitais, nos sistemas RDO e INFOCRIM e cruzamento de dados”, informou a SPTC.
Foto: Ivanildo Porto