Reportagem: Ulisses Carvalho
Quem passa em frente pelo Pronto Atendimento (PA) Paraíso, localizado na avenida Silvestre Pires de Freitas, n° 50, no bairro do Jardim Paraíso, observa uma situação de tristeza, com a única unidade de saúde no bairro fechada para as obras que ainda não começaram, e quem sofre, é a população, que deve se deslocar para Unidades Básicas de Saúde (UBSs),em outros bairros.
O PA Paraíso fechou no dia 19 de dezembro do ano passado, ou seja, já são 11 meses que não há atendimento na unidade. Na ocasião, a prefeitura informou que o serviço do PA Paraíso será transformado na reforma em uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) , de porte III.
Em nota ao HOJE, a administração municipal informou que ainda não começou a obra porque aguarda a verba. “Como haverá repasse federal, a Prefeitura aguarda liberação do projeto pela Caixa Econômica Federal”. Antes do fechamento da unidade, o número de atendimentos realizados era de 400 pessoas por dia.
A estimativa de acordo com a prefeitura é que a entrega da unidade ocorra até o final de 2019. O custo da reforma será custeado com o repasse federal de R$ 1,9 milhão e uma contrapartida de R$ 666.922,71 da prefeitura. Questionada sobre se as outras unidades estariam sendo sobrecarregada, a administração municipal alegou que a demanda consegue ser absorvida por outras unidades. “Simultaneamente ao fechamento do PA Paraíso, a Prefeitura entregou a UPA Cumbica e, hoje, as demais unidades de pronto-atendimento, num total de nove, absorvem a demanda do PA Paraíso”.
No mês de junho deste ano, o Ministério Público Estadual também reconheceu através de um laudo pericial, os riscos estruturais de ruína e possibilidade de desabamento no PA Paraíso. A Promotoria da Justiça também assinou junto com o prefeito Guti (PSB), um Termo de Ajuste de Conduta (TAC), no qual o MP reconhece de acordo com a prefeitura, de que haveria uma necessidade de intervenção no local desde 2008.
Foto: Ivanildo Porto